quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Galo faz papelão e zebra africana aparece em Marrakesh

O sonho do torcedor atleticano em comemorar o inédito título do Mundial de Clubes chegou ao fim. O Galo parou ainda na semifinal diante dos anfitriões do Raja Casablanca - derrota por 3 a 1. Pela segunda vez na história um clube da África chegou a grande decisão do Mundial. O primeiro havia sido o Mazembe, que em 2010 eliminou o Internacional, no Japão.

                                           crédito: AP Photo/Matthias Schrader

O Atlético-MG jogou muito mal. Não foi nem sombra daquele time intenso campeão da Copa Libertadores.  Criou poucas oportunidades claras de gol e cometeu muitas falhas defensivas, sobretudo os dois laterais Marcos Rocha e Lucas Cândido. Por outro lado, o azarão Raja Casablanca teve uma ótima atuação, superando a falta de técnica com muita aplicação tática.

O primeiro tempo foi equilibrado. O Atlético até que começou mais objetivo, buscando o ataque. Jô teve boa chance para abrir o placar após cruzamento de Lucas Cândido. No entanto o centroavante chegou atrasado e pegou mal na bola. O Raja Casablanca mostrou muita força na marcação. Ronaldinho Gaúcho, bem vigiado pelos volantes adversários, pouco fez em campo e abusou dos erros de passe. Nos minutos finais, os marroquinos quase saíram na frente aproveitando-se de falhas da defesa atleticana. Moutaouali, livre de marcação, chutou para grande defesa de Victor.

O Atlético voltou sonolento para o segundo tempo e levou o primeiro gol com apenas cinco minutos. Após rápido contragolpe, Iajour mandou para as redes. Empolgado, o Raja ainda teve um gol bem anulado e uma oportunidade clara para ampliar. Insatisfeito com o rendimento da equipe, Cuca trocou Marcos Rocha por Luan. Insatisfeito com a mudança, o lateral falou cobras e lagartos para o treinador. "Burro para c..". Logo em seguida, aos 17 minutos, brilhou a estrela do até então apagado Ronaldinho Gaúcho. Com muita categoria, o meia cobrou falta e venceu o goleiro Askri.

Mesmo com o empate, o Atlético continuava tendo atuação irregular. Aos 39 minutos, Iajour foi derrubado por Réver dentro da área. Pênalti bem marcado. Moutaouali bateu e fez. O Atlético foi para o tudo ou nada. Cuca substituiu o lateral Lucas Cândido pelo atacante Alecsandro. A troca não surtiu efeito e nos acréscimos Mabide, pegando rebote, fechou a tampa do caixão atleticano.

Classificação justa do Raja! Agora o Atlético disputará o terceiro lugar do Mundial contra o Guangzhou Evergrande, da China, nesse sábado, em Marrakesh.

O Raja Casablanca terá uma pedreira na final, no sábado: O Bayern de Munique, de Ribéry e cia.





segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quando nosso futebol será gerido de forma profissional?

O futebol brasileiro, dono de cinco títulos mundiais e celeiro de grandes craques, merece ser tratado com melhor carinho por parte dos dirigentes das entidades administrativas do desporto e de prática desportiva. Leiam-se respectivamente confederações/ federações e clubes.

Nosso futebol é gerido de forma amadora. Estamos há anos luz de distância dos europeus, que sabem trabalhar melhor o seu produto de maneira séria e organizada. Aqui temos um calendário com excesso de jogos para os clubes de primeira divisão. A CBF (entidade de prática administrativa) não costuma interromper o Brasileirão em amistosos oficiais da Seleção Brasileira, assim desvalorizando o seu próprio produto. O espetáculo é muito prejudicado com a ausência dos jogadores, que vão servir o escrete canarinho. Há outros equívocos da entidade presidida por José Maria Marín, mas não pretendo me alongar. Deixo para um post futuro.

ERRO DA PORTUGUESA E O EXCESSO DE INTERFERÊNCIA DO STJD

Dois dias depois do encerramento do Campeonato Brasileiro tivemos mais uma prova de como o amadorismo impera por aqui. O Fluminense, rebaixado para a série B, entrou com uma ação no STJD, pedindo punição à Portuguesa (entidade de prática desportiva) por ter escalado o meia Héverton de maneira irregular, em partida contra o Grêmio. O jogador não tinha condições legais para encarar os gaúchos pela última rodada, pois havia sido sido suspenso pelo STJD em dois jogos devido a expulsão contra o Bahia, pela 36ª rodada. Ele havia cumprido a automática contra a Ponte Preta.

A diretoria da Portuguesa justificou que o advogado do clube  não havia informado sobre a decisão do Tribunal. O veredicto saiu na sexta-feira, dois dias antes do jogo contra o Grêmio. Um erro, que dificilmente aconteceria num clube europeu. Por causa do ruído de comunicação, o profissional contratado para fazer a defesa da Lusa foi dispensado.

Na última segunda-feira, a Comissão Disciplinar do STJD julgou o caso e por 5 votos a 0 condenou a Portuguesa, que perdeu 4 pontos (um ponto conquistado no empate contra o Grêmio e mais três pela infração) na classificação final do Nacional. Assim, a equipe paulista foi rebaixada à série B e o Fluminense, o maior beneficiado, se safou do descenso. A decisão pode ser revertida, pois a Portuguesa já recorreu ao Pleno (segunda instância da Justiça Desportiva). O novo julgamento está marcado para o dia 27 de dezembro.

Considerei a pena muito rígida. Não houve dolo por parte da Portuguesa, que não tinha nenhuma pretensão contra o Grêmio. Héverton atuou por apenas 11 minutos e pouco fez em campo. Outro ponto que não consigo entender. Em casos semelhantes, o STJD apenas multou o clube denunciado. Foi assim na semana passada com o Cruzeiro, que havia relacionado de maneira irregular o goleiro Elisson na derrota para o Vasco.

Não gosto do excesso de interferência do Judiciário nos resultados obtidos dentro de campo. O Fluminense fez por merecer o rebaixamento, especialmente no segundo turno, onde teve exibições horríveis. Por outro lado, a Portuguesa, com menos recursos que o adversário, fez um campeonato digno, onde teve que lutar contra uma sequência de arbitragens danosas. Não houve nenhum outro time que tenha sido tão prejudicado pelo apito como a Lusa.

Os resultados obtidos dentro de campo deveriam ter sido mantidos. A Portuguesa cumpriria a suspensão apenas na edição do próximo ano. Dessa forma iniciaria a competição com -4 pontos. Sei que isso não está no código de justiça desportiva, mas deveria ser melhor pensado pelos juristas.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Não deu para a Ponte Preta. Sonho do inédito título internacional chegou ao final

A Ponte Preta não resistiu a forte pressão do Lanús, em Buenos Aires e com a derrota por 2 a 0 ficou com o vice-campeonato da Sul-Americana. Dessa forma, os campineiros mantiveram a escrita de jamais terem vencido um torneio de relevância ao longo dos 113 anos de história.


crédito foto: REUTERS/Enrique Marcarian

A Macaca não conseguiu repetir o bom futebol de quarta-feira passada no Pacaembu, quando arrancou um empate em 1 a 1. Naquela ocasião, o time comandado por Jorginho jogou melhor que os argentinos e merecia até melhor sorte.

A Ponte até que iniciou bem o duelo, sendo superior ao Lanús nos primeiros 20 minutos. Bem postada em campo, a equipe impediu avanços do ataque porteño, porém aos poucos afrouxou a marcação e viu o anfitriões tomarem conta das ações ofensivas. Aos 24 minutos, Leonardo passou mal a bola para Magal. Blanco puxou contra-ataque e acionou Ayala, que livre de marcação, só teve o trabalho de tocar na saída do goleiro Roberto.

A tarefa da Ponte ficou ainda mais complicada aos 48 minutos, quando Blanco ampliou, após rebote de Roberto. Foi um golpe fatal nos campineiros, que não tiveram forças para a reação na etapa final. Para continuar sonhando com a taça, a Macaca precisaria fazer dois gols para forçar a prorrogação ou três para ser campeã no tempo normal.

Mesmo com a grande vantagem obtida no primeiro tempo, o Lanús continuou respeitando a Ponte na etapa final com muito empenho na marcação e objetividade no ataque. Os argentinos só não ampliaram o marcador graças ao goleiro Roberto, que fez grandes defesas em chutes de Gonzalez. Por outro lado, a Ponte só assustou uma vez em jogada individual de Ferrugem, que invadiu a área e chutou cruzado para Marchesín espalmar. Muito pouco para quem precisava de pelo menos um empate.

Os mais experientes do grupo pontepretano, o meias Elias e o atacante Leonardo foram as grandes decepções. Ambos participaram muito pouco do jogo. O sistema defensivo cometeu muitas falhas. Os laterais deram pouca cobertura lá atrás e a dupla de zaga César e Diego Sacoman bateu cabeça várias vezes.

De qualquer forma, a torcida da Ponte Preta tem que estar orgulhosa do feito obtido pelos jogadores do time. Eliminaram os favoritos e poderosos Vélez Sarsfield e São Paulo e na base da superação chegaram à inédita decisão. Pena que o objetivo não foi alcançado. Espero que o clube se reestruture em 2014 e volte com força à elite do futebol brasileiro.

Com o vice-campeonato da Ponte Preta, o Botafogo garantiu a vaga na Copa Libertadores, algo que não acontecia há 18 anos. O Fogão terminou o Campeonato Brasileiro na quarta colocação.








domingo, 8 de dezembro de 2013

Balanço do Campeonato Brasileiro: Surpresa, decepções, seleção dos melhores jogadores...

O Brasileirão chegou ao final no último domingo. Não gostei do nível técnico do torneio, que apresentou muitos jogos modorrentos e um festival de empates sem gols. Para se ter uma ideia, o atual campeão mundial, o Corinthians, ostentou a incrível marca de 10 jogos com o placar de 0 a 0. A média de gols do campeonato foi a pior desde a edição de 1994: 2,46 por partida.



O Cruzeiro foi um caso à parte no Nacional. A equipe, que não era apontada como favorita ao título, surpreendeu a todos com um bom futebol e sequência de grandes resultados. Como consequência levou o tricampeonato com quatro rodadas de antecedência. De ressaca pela conquista, a Raposa somou apenas dois pontos nos últimos jogos. Nada que tirasse o brilho do título.

A surpresa do campeonato foi o Atlético-PR, que com elenco sem estrelas, terminou na terceira colocação, garantindo a vaga na Copa Libertadores de 2014. O feito tem que ser comemorado, já que até a temporada passada o Furacão estava na série B. Ótimo trabalho feito pelo técnico Vágner Mancini. O então desconhecido Éderson foi o artilheiro da competição com 21 gols. O incansável veterano Paulo Baier, o maior artilheiro da era por pontos corridos, também foi fundamental para a ótima campanha dos paranaenses.

A grande decepção foi o Corinthians. Com elenco milionário, o Timão fez papel ridículo e ficou mais perto do Z-4 do que do pelotão de elite. O ataque com Alexandre Pato, Emerson Sheik e Romarinho não funcionou e o time teve o segundo pior índice de gols marcados, ficando a frente apenas do lanterna Náutico. O que dizer de um time que foi incapaz de vencer o Timbu nos dois turnos (empate e derrota)? Vergonha!!

Não posso deixar de falar dos rivais cariocas Vasco e Fluminense, que morreram abraçados rumo à série B. O rebaixamento foi fruto da incompetência das duas diretorias. O futebol brasileiro perde com isso. Torço para que esses dois gigantes reflitam sobre seus erros e voltem com força em 2014.

MINHA SELEÇÃO DO CAMPEONATO

Goleiro: Fábio (Cruzeiro)

Lateral-direito: Marcos Rocha (Atlético-MG)

Zagueiro: Gil (Corinthians):

Zagueiro: Dedé (Cruzeiro):

Lateral-esquerdo: Egídio (Cruzeiro)

Volante: Nilton (Cruzeiro)

Volante: Elias (Flamengo)

Meia: Paulo Baier (Atlético-PR)

Meia: Éverton Ribeiro (Cruzeiro)

Atacante: Éderson (Atlético-PR)

Atacante: Walter (Goiás)

Técnico: Marcelo Oliveira (Cruzeiro)

Revelação: Marcelo - atacante do Atlético-PR

Craque: Éverton Ribeiro - meia do Cruzeiro

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Brasil cai em grupo de média dificuldade na Copa do Mundo de 2014

Enfim foi sorteado na tarde dessa sexta-feira, na Costa do Sauípe, na Bahia, os 8 grupos para a Copa do Mundo de 2014. O Brasil está no grupo A (de média dificuldade) ao lado da Croácia, México e Camarões.

Tivemos a sorte de não pegar nenhuma seleção campeã mundial. Para se ter ideia o grupo D, o da morte, terá três seleções vencedoras, que juntas somam sete títulos mundiais. Os poderosos Uruguai, Itália e Inglaterra terão a companhia da modesta Costa Rica.  Pelo menos um campeão mundial dançará nessa chave.

Vejo nossa Seleção com boas chances de avançar às oitavas de final sem sustos. O adversário mais forte é a Croácia, mas o que certamente causará mais preocupação no torcedor e comissão técnica é o México, que nos últimos anos têm conseguido bons resultados. No entanto, as duas seleções se enfrentaram nas Copas do Mundo de 1950, 1654 e 1962 e o Brasil venceu os três confrontos sem levar gols.



O Brasil abrirá a competição diante da Croácia, dia 12 de junho, na Arena Corinthians, em São Paulo. Curiosamente na Copa do Mundo de 2006, a Seleção estreou contra esse mesmo adversário e venceu por 1 a 0, gol de Kaká.

Após enfrentar a Croácia, a Seleção terá pela frente o México, dia 17, na Arena Castelão, em Fortaleza e Camarões, dia 23, na Arena Mané Garrincha, em Brasília.

Se passar pela fase de grupos, a equipe canarinha pode pegar Espanha ou Holanda, nas oitavas de final. As duas seleção europeias decidiram a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. E a Fúria levou a melhor.

GRUPOS

A: BRASIL, CROÁCIA, MÉXICO, CAMARÕES

B: ESPANHA, HOLANDA, CHILE E AUSTRÁLIA

C: COLÔMBIA, GRÉCIA, COSTA DO MARFIM E JAPÃO

D: URUGUAI, COSTA RICA, INGLATERRA E ITÁLIA

E: SUÍÇA, EQUADOR, FRANÇA E HONDURAS

F: ARGENTINA, BÓSNIA, IRÃ E NIGÉRIA

G: ALEMANHA, PORTUGAL,  GANA E ESTADOS UNIDOS

H: BÉLGICA, ARGÉLIA, RÚSSIA, E COREIA DO SUL

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sofrimento e emoção marcam a primeira decisão internacional da Ponte Preta

E o Pacaembu virou Macacaembu por um dia. Na noite dessa quarta-feira o estádio paulistano foi pintado em preto e branco. E não por corintianos frequentadores assíduos e sim por ponte-pretanos, que viajaram cerca de 100 quilômetros para acompanhar o clube de coração em sua primeira decisão internacional em 113 anos de história. A Ponte Preta recebeu o argentino Lanús na partida de ida da final da Copa Sul-Americana. O resultado não foi o sonhado pelos torcedores, mas o empate em 1 a 1 não pode ser considerado um mau negócio.



Estive no estádio acompanhando a decisão. Assim que saí da estação Clínicas do Metrô rumo ao Paulo Machado de Carvalho pude perceber a empolgação do torcedor ponte-pretano. Pessoas de todas as classes sociais e faixas etárias transbordavam em alegria.

Cheguei no Pacaembu cerca de uma hora antes de a bola rolar. E aproximadamente 90% das cadeiras laranjas já estavam ocupadas. Não foi fácil achar um bom local para assistir a partida, mas acabou dando tudo certo e consegui ficar bem acomodado.

Do início ao fim foi de arrepiar o apoio dos seguidores da Macaca. Gritos de guerra, a tradicional ola e a entonação do hino do clube deram todo brilho ao espetáculo.

O jogo

O começo da partida foi nervoso. Cautelosos, ambos os times demoraram a buscar o ataque. A tática ponte-pretana foi jogar fechadinha na defesa, explorando os contragolpes, algo que já foi visto em fases anteriores da competição.

A Ponte Preta teve duas boas oportunidades para abrir o marcador, porém o zagueiro César e o meia Elias não foram felizes na conclusão. A poucos minutos do intervalo, o atacante Santiago Silva, ex-Boca Juniors, quase calou o Pacaembu. Dentro da área e livre de marcação, o jogador perdeu chance impressionante para colocar o Lanús em vantagem.

O segundo tempo foi mais aberto. Elias, apagado nos primeiros 45 minutos, chamou a responsabilidade e logo nos primeiros minutos, obrigou Marchesin a fazer a boa defesa. No momento em que mais se aproximava do gol, a Ponte sofreu um duro golpe. Aos 12 minutos, o zagueiro Goltz cobrou falta com perfeição e venceu o goleiro Roberto.

Os jogadores da Macaca demoraram a assimilar o golpe. Bateu aquele nervosismo. O time passou a errar muitos passes e cometer faltas desnecessárias. Roberto fez milagre em cabeçada de Santiago Silva e evitou o segundo gol do Lanús. Contudo aos 33 minutos, o volante Fellipe Bastos, também de falta, deixou tudo igual para delírio dos mais de 26 mil ponte-pretanos.

Nos minutos finais, em outra batida de falta, Bastos quase colocou a Ponte em vantagem. A bola encontrou o travessão. Uma pena! A Macaca merecia a vitória. Foi mais aguda diante de um Lanús, que mais se preocupou em catimbar os adversários.

Continuo achando os argentinos favoritos para erguer o caneco, semana que vem, em Buenos Aires, mas em hipótese alguma dá para descartar a glória da Macaca, que já se superou na competição, eliminando os fortes Vélez Sarsfield e São Paulo. Quem vencer o próximo jogo ficará com a taça. Qualquer empate leva a disputa para as penalidades.

Eu ainda acredito, Ponte!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Não faltará emoção na última rodada do Campeonato Brasileiro para desespero dos xiitas do mata-mata

10 times irão para a última rodada do Campeonato Brasileiro com pretensões, contrariando os xiitas que pedem o retorno do mata-mata em detrimento dos sistema por pontos corridos, que vigora desde 2003.

Na parte superior da tabela Botafogo, Goiás e Atlético-PR e Vitória jogam suas últimas fichas para garantir a vaga na Copa Libertadores de 2014. Cruzeiro, o campeão e Grêmio, vice-líder, carimbaram o passaporte para o torneio sul-americano. É bom lembrar que se a Ponte Preta faturar o título da Copa Sul-Americana, roubará o lugar destinado ao quarto colocado do Nacional. Assim apenas os três primeiros colocados disputariam o torneio mais cobiçado da América do Sul.

Atlético-PR e Goiás estão quase confirmados no G-4 Dependem de um empate respectivamente contra Vasco e Santos para cumprirem o objetivo inicial.

Botafogo e Vitória não dependem apenas de suas próprias forças. Além de terem que vencer respectivamente o Criciúma e o Atlético-MG, precisam contar com tropeços de Atlético-PR e Goiás.

Na parte de baixo não faltarão emoções. A penúltima rodada sacramentou a queda da Ponte Preta para a série B. Assim os campineiros farão companhia ao Náutico em 2014.

Restam apenas duas vagas. Portuguesa, Internacional, Criciúma, Coritiba, Vasco e Fluminense vão lutar pela permanência na elite.

A 37ª rodada confirmou o que muitos previam, inclusive esse blogueiro: pelo menos um clube carioca será rebaixado. Vasco e Fluminense estão no Z-4 e um deles não atingirá a pontuação necessária para escapar da degola. E o pior há uma enorme chance de ambos morrerem abraçados na última rodada. Além de precisar vencer o Atlético-PR, em Joinville, o Vasco precisa torcer por derrota do Criciúma contra o Botafogo, em local a ser definido, ou derrota ou empate do Coritiba contra o São Paulo, em Itu.

                                           crédito foto: Zero Hora

A situação do Fluminense, campeão brasileiro na edição passada, é ainda mais crítica. Com 43 pontos ganhos, precisa vencer o descompromissado Bahia, em Salvador e torcer para que Vasco e Coritiba não vençam seus jogos.

O Coritiba escapará de queda em caso de vitória sobre o São Paulo. Para não dependerem de outros resultados, Portuguesa, Internacional e Criciúma necessitam de empate.

Dos 10 jogos da última rodada, apenas dois não valerão nada: Náutico x Corinthians e Flamengo x Cruzeiro.

ÚLTIMA RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO 2013

Domingo (8 de dezembro de 2013) * Todos os jogos às 17h (horário de Brasília)

Botafogo x Criciúma, a definir
Flamengo x Cruzeiro, a definir
São Paulo x Coritiba, no Novelli Júnior, em Itu
Bahia x Fluminense, na Arena Fonte Nova
Internacional x Ponte Preta, no Centenário, em Caxias do Sul
Goiás x Santos, no Serra Dourada
Náutico x Corinthians, na Arena Pernambuco
Atlético-MG x Vitória, na Arena Independência
Atlético-PR x Vasco, na Arena Joinville
Portuguesa x Grêmio, no Canindé


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Ponte Preta foi soberana contra o São Paulo e chegou à inédita final da Copa Sul-Americana

Dona do menor orçamento da elite do futebol brasileiro, a Ponte Preta fez história ao eliminar o rico São Paulo e chegar à inédita final da Copa Sul-Americana. O time campineiro manteve o sonho da conquista ao empatar em 1 a 1, em Mogi Mirim. Na ida, no Morumbi, a Macaca havia adquirido uma enorme vantagem com uma surpreendente vitória por 3 a 1.



A Ponte Preta, que ao longo dos 113 anos de história jamais teve uma conquista relevante, foi superior ao Tricolor nos dois jogos da semifinal. Mesmo sendo inferior tecnicamente, a equipe conseguiu se superar com muita raça e ousadia. Soube explorar os pontos fracos do gigante adversário, que tem no currículo três títulos da Copa Libertadores e três Mundiais de Clubes.

Destaco as ótimas exibições do goleiro Roberto, dos laterais Artur e Uendel, do volante Baraka e do atacante Leonardo, que marcou dois gols nos confrontos. Belo trabalho do técnico Jorginho. Uma pena que os campineiros serão rebaixados à série B do Campeonato Brasileiro. Mas mesmo assim, o torcedor ponte-pretano tem que estar orgulhoso da façanha de sua equipe logo em seu primeiro torneio internacional.

Agora que venha Lanús ou Libertad na grande decisão. Vai, Ponte!

DECEPÇÃO

A surpresa negativa foi o fraco futebol apresentado pelo São Paulo nos dois jogos. A impressão é que os jogadores achavam que poderiam superar o adversário a qualquer momento. A soberba são paulina foi castigada com a justa eliminação. E foi um duro golpe na diretoria do clube que conseguiu vetar o Moisés Lucarelli para o jogo de volta. A casa ponte-pretana não comporta os 20 mil lugares exigidos pela entidade que controla o futebol sul-americano. Com isso, o clube de Campinas teve que mandar a partida no estádio Romildo Gomes, na vizinha Mogi Mirim. Mesmo assim, a Macaca não decepcionou seus torcedores.


domingo, 24 de novembro de 2013

Adeus ano velho! Feliz Ano Novo, Corinthians!

Acompanhar os jogos do Corinthians nesse segundo semestre de 2013 tem sido agoniante para a imprensa esportiva e principalmente para o torcedor alvinegro, que ficou mal acostumado após tantas conquistas nos últimos anos. O desempenho da equipe no Campeonato Brasileiro é muito fraco. O Timão não possui chances matemáticas de buscar a vaga na Copa Libertadores de 2014 e nem riscos de queda à série B.



Desmotivados, os jogadores corintianos não estão se esforçando muito nesse final de temporada. Na derrota para o Flamengo (1 a 0), no último domingo, a apatia foi enorme. O Corinthians novamente adotou estratégia cautelosa diante de um adversário, que também não aspira mais nada no campeonato. A equipe levou o gol da derrota na metade do primeiro tempo e só foi esboçar reação nos minutos finais da partida. A única chance clara de gol veio apenas aos 45 minutos do segundo tempo. Emerson Sheik, livre de marcação, obrigou Felipe a fazer grande defesa. Muito pouco para o atual campeão mundial...

Os números do Timão comprovam a má campanha no Brasileirão: 11 vitórias em 36 jogos e o segundo pior ataque da competição: 27 gols, estatística superior apenas ao lanterna e já rebaixado Náutico.

Com apenas duas rodadas para o final do Brasileirão - para alívio do torcedor e desse jornalista - o Corinthians deveria intensificar o planejamento para 2014 e rever os erros para que eles não voltem a ser repetidos.

Tite, o técnico mais vencedor da história do clube, não terá o contrato renovado. Creio que a decisão da diretoria foi acertada. O treinador perdeu o comando sob seus atletas e não conseguiu criar alternativas para o time voltar a atuar em alto nível. Embora a diretoria não confirme, Mano Menezes deverá ser o substituto. Entendo que essa possível decisão não seria uma boa para o Timão. Depois de deixar o Parque São Jorge em agosto de 2010, Mano acumulou passagens mal sucedidas pela Seleção Brasileira e pelo Flamengo, onde abandonou o barco com o time em situação delicada na tabela do Campeonato Brasileiro.

Além disso, Mano Menezes é empresariado por Carlos Leite, que tem como clientes vários jogadores brasileiros. Mano costuma dar preferência a jogadores agenciados por ele. Quem não se lembra do ano de 2009, quando o treinador vetou a permanência do atacante Herrera, que vinha muito bem no clube, e pediu a contratação do fraco Souza, atleta agenciado por Carlos?? Até então no grego Panathinaikos, o atacante custou 7 milhões de reais aos cofres corintianos. O alvinegro não conseguiu recuperar o investimento e emprestou o centroavante para vários clubes até o encerramento do vínculo.

Penso que a diretoria deveria apostar num nome da nova geração como Cristóvão Borges, do Bahia e Enderson Moreira, que realiza ótimo trabalho no Goiás.

Para voltar a brigar por conquistas, o Corinthians precisa reformular o elenco. O time possui carências nas laterais, no meio de campo e no ataque.

O lateral-direito Alessandro convive com sérias lesões musculares e a tendência é que pendure as chuteiras ainda em 2013. Edenílson é volante de origem e tem sido improvisado no setor, porém apresenta dificuldade na marcação e possui índice muito grande de passes errados.

Pelo lado-esquerdo, o veterano Fábio Santos é outro com histórico de lesões musculares. Seu reserva imediato, o jovem Igor possui deficiência gritantes. Tem dificuldades em dominar a bola e apoia muito mal o ataque.

Um dos maiores problemas alvinegros é a ausência de criatividade no meio de campo. Os medalhões Danilo e Douglas não rendem mais como em tempos passados. O primeiro caiu vertiginosamente de rendimento no segundo semestre e não é nem sombra daquele jogador decisivo para os títulos recentes. A esperança era para ser Renato Augusto, porém o ex-flamenguista conviveu com muitas lesões e ainda não conseguiu recuperar a melhor forma física. Será que em 2014, o camisa 8 vai vingar? É o que o torcedor espera...

O ataque é outro setor que merece maiores cuidados por parte da diretoria. Emerson Sheik e Romarinho, atletas mais utilizados por Tite, possuem números horríveis no Brasileirão. O primeiro fez apenas dois gols e o segundo foi apenas uma vez às redes adversárias. O badalado Alexandre Pato é o artilheiro com nove gols, mas ainda está longe de justificar os 40 milhões investidos no seu futebol. Hoje é reserva de Tite e tem pouco prestígio no clube.

Se os cartolas alvinegros não se mexerem serão grandes as chances de o Corinthians ter um 2014 decepcionante..





sábado, 23 de novembro de 2013

Diego Tardelli é o grande craque do futebol brasileiro em 2013. Sua ausência na seleção de Felipão é um mistério

Hoje não consigo ver um jogador no futebol brasileiro que seja superior ao atacante Diego Tardelli, do Atlético-MG.

                                          crédito foto: site oficial do Atlético-MG

Depois de uma temporada no futebol do Catar em 2012, o artilheiro retornou ao Galo em fevereiro desse ano e logo se tornou um dos pilares da equipe de Cuca. Fez uma Copa Libertadores sensacional, sempre crescendo nos momentos decisivos e vem fazendo um ótimo Campeonato Brasileiro. No último sábado, Tardelli anotou três gols na goleada do Galo sobre o Goiás (4 a 1), na Arena Independência. A regularidade do jogador em 2013 é impressionante. Ele foi às redes adversárias em 16 oportunidades.

O camisa 9 voltou ao Brasil muito mais maduro. Virou um jogador aplicado taticamente e que consegue render tanto no meio de campo como no ataque. É rápido, tem habilidade e faro de gol.

Chega a ser um absurdo ele não receber oportunidades para a Seleção Brasileira. Preste atenção, Felipão! Tardelli pode ser uma arma importante para a conquista do hexacampeonato mundial em 2014.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ponte cala o Morumbi com grande atuação contra o São Paulo e põe um dos pés na final da Sul-Americana

A zebra, ou melhor a Macaca, passeou pelo Morumbi, na noite dessa quarta-feira. Com muita determinação em campo, a azarão Ponte Preta bateu de virada o favorito São Paulo por 3 a 1 e pode até perder por um gol de diferença na próxima quarta-feira, em Mogi Mirim, para avançar à inédita final da Copa Sul-Americana.

                                                     crédito foto Júnior Lago/UOL

O São Paulo deu a impressão que não teria muitas dificuldades diante da Macaca. A equipe de Muricy Ramalho não demorou a abrir o placar. Logo aos 20 minutos, Diego Saccoman falhou feio e perdeu a bola para Aloísio. O atacante rolou para Paulo Henrique Ganso, que com muita categoria, emendou para a rede de Roberto. Um belo gol. O São Paulo seguiu no ataque e poderia ter ampliado o placar. A defesa da Ponte continuava falhando demais.

Nos minutos finais da etapa inicial, o São Paulo reduziu o ímpeto ofensivo e deixou que a Ponte crescesse no jogo. O castigo veio aos 43 minutos. Uendel foi à linha de fundo, cruzou para o meio da área e Antônio Carlos jogou contra o próprio patrimônio. Os cerca de 3 mil torcedores da Ponte foram à loucura e fizeram mais barulho do que os 50 mil são paulinos presentes do estádio.

A Ponte Preta voltou do intervalo com a faca entre os dentes, marcando a saída de bola adversária e deixando poucos espaços para o São Paulo atacar. A virada veio aos 7. Fernando Bob encheu o pé, Rogério Ceni fez milagre, mas no rebote Leonardo empurrou para o fundo da rede. O segundo gol desestabilizou os são paulinos, que passaram a abusar dos erros de passe e no número de faltas.

Muricy trocou Maicon por Luís Fabiano, porém a troca não surtiu efeito. O golpe de misericórdia veio aos 26 minutos. O lateral Uendel arriscou o chute e contou com o desvio para enganar Rogério Ceni.

Nos minutos finais, com Welliton no lugar de Ademílson, o São Paulo tentou reduzir o prejuízo, porém a heroica Ponte Preta segurou o resultado. O goleiro Roberto fez defesa sensacional em cabeçada de Luis Fabiano. Artur, que teve passagem apagada pelo Palmeiras, salvou gol certo de Welliton. Na sequência, Roberto deixou o campo lesionado para entrada de Edson Bastos, que não precisou sujar o uniforme.

Nem o torcedor mais otimista da Ponte esperava que o time fosse construir uma justa e enorme vantagem em plena casa adversária. Não entendo o motivo da Ponte estar à beira do rebaixamento à série B do Campeonato Brasileiro. Os jogadores estão superando os limites na Sul-Americana. Na fase anterior, eliminaram o forte Vélez Sarsfield, em Buenos Aires e agora estão em vias de eliminar o gigante Tricolor Paulista.

Pelo lado são paulino, bateu aquela tristeza e um pouco de revolta. Se o time quiser seguir na luta pelo bicampeonato da Sul-Americana, não poderá repetir os erros apresentados no Morumbi.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Parabéns ao Cruzeiro pelo tricampeonato brasileiro!

Enfim o torcedor cruzeirense pôde soltar o grito de Tricampeão Brasileiro. A comemoração veio na noite dessa quarta-feira, em Salvador. O time do ótimo técnico Marcelo Oliveira derrotou o Vitória por 3 a 1 e chegou a impressionantes 74 pontos ganhos contra 58 do vice líder Atlético-PR. Ainda restam quatro rodadas para o encerramento da competição e o Cruzeiro tem tudo para inflar os números da melhor campanha da era por pontos corridos. É bom lembrar que a Raposa sacramentou o título no intervalo no Barradão com o anúncio da derrota do Atlético-PR para o Criciúma, em Santa Catarina.



O título foi incontestável. O Cruzeiro sobrou no Campeonato Brasileiro. Sofreu uma pequena oscilação na segunda metade do returno, porém nada que tirasse o brilho dessa grande conquista e causasse maiores preocupações entre jogadores, comissão técnica e torcedores.

A diretoria da Raposa montou um grupo sem estrelas, mas com jogadores bastantes competitivos, casos do zagueiro Dedé, dos meias Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart e dos atacantes Willian e Dagoberto. O técnico Marcelo Oliveira, um dos melhores da nova geração, conseguiu aliar consistência defensiva com ofensividade. Hoje, o Cruzeiro ostenta a incrível marca de 72 gols no Campeonato Brasileiro - a melhor da competição. A defesa celeste foi vazada apenas 30 vezes, tendo números apenas inferiores ao Corinthians (27 gols).

A torcida cruzeirense também foi um grande combustível para o sucesso do time. Sob o apoio do "12º jogador", a Raposa perdeu apenas uma partida, no Mineirão.

Como admirador do futebol, torço para a diretoria mantenha essa base vencedora por um bom tempo. Podem apostar. O Cruzeiro virá ainda mais forte em 2014.

Parabéns torcedor cruzeirense!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

E o processo de elitização no futebol segue a todo vapor no Brasil...

Foi se o tempo em que o povão ia aos estádios brasileiros para assistir ao clube de coração sem gastar muito dinheiro. Infelizmente o panorama mudou no início do século XXI.  O esporte mais badalado do país virou privilégio para poucos. O processo da elitização no futebol se intensificou em 2013, com a inauguração das novas arenas, que serão locais dos jogos da Copa do Mundo de 2014.



Dono da maior torcida do Brasil, o Flamengo é o mais novo clube, que punirá os seus seguidores menos abastados. A diretoria rubro-negra anunciou que o ingresso mais barato para a final da Copa do Brasil no remodelado Maracanã custará absurdos R$ 250,00. O mais caro, R$800. Quem é sócio-torcedor tem um desconto. Mesmo assim, o valor mínimo não é nada modesto: R$ 150,00.

O mais chocante foi ouvir o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, dizer que os preços dos ingressos para a finalíssima não é tão abusivo. Ora bolas! Bandeira deve desconhecer o valor do salário mínimo brasileiro (R$ 678,00) e que a maior parte dos torcedores flamenguistas não ganhe mais do que isso. É bom lembrar que além dos ingressos, o torcedor precisar arcar com o transporte público (longe de ter boa relação entre custo e benefício) e com alimentação no estádio (valor semelhante aos praticados pelas grandes redes de cinema).

A impressão é que estamos na Europa e que essa política de preços das entradas é para uma partida da Liga dos Campeões, o torneio mais badalado e rentável do planeta.

O Procon-RJ cobrou explicações à diretoria do Flamengo sobre o abuso dos preços praticados, porém acredito que em nada adiantará. Aquele torcedor, que ocupava a antiga geral do Maracanã, vai continuar sendo prejudicado e em razão das dificuldades financeiras não poderá ver o seu time de coração numa final de campeonato.

A decisão da diretoria rubro-negra pode ter sido um tiro no pé. O Maracanã pode não receber um grande público e o time ter perdido o seu grande combustível: a apaixonante massa flamenguista...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Grêmio e Botafogo veem a vaga no G-4 ficar ameaçada com os crescimentos de Goiás e Vitória

Chegou a reta decisiva do Campeonato Brasileiro. Qualquer deslize nas últimas cinco rodadas poderá ser fatal para as pretensões de muitas equipes.

O líder Cruzeiro é o único que pode ser dar ao luxo de relaxar um pouco nesse final de campeonato. O time faz campanha exuberante e está matematicamente a três pontos do tricampeonato brasileiro. A euforia já tomou conta dos jogadores cruzeirenses, que comemoraram a conquista antecipada com os torcedores presentes no Mineirão, após a grande vitória sobre o Grêmio (3 a 0), no domingo passado.

A mesma tranquilidade não se aplica a dois tradicionais clubes do Sul e Sudeste do país. Grêmio e Botafogo viviam boas fases nos últimos meses, porém a maré virou e os dois times correm sérios riscos de ficarem de fora da Copa Libertadores em 2014. É verdade que ambos não deixaram o G-4, mas tropeçaram bastante nas últimas semanas e viram Vitória e Goiás chegar como ameaças aos seus objetivos.



O Tricolor Gaúcho não vence há quatro rodadas (dois empates e duas derrotas) e viu um dos pilares da equipe ruir. O sistema defensivo, que vinha ostentando ótimos números, já não é mais o mesmo. Nas derrotas para Coritiba e Cruzeiro, a defesa foi vazada sete vezes. Por outro lado, o rendimento ofensivo continua ruim. O Grêmio passou as últimas três rodadas sem balançar as redes adversárias.

Terceiro colocado com 54 pontos ganhos, o Imortal tem apenas um ponto de diferença sobre o Goiás, quinto colocado. Para o Vitória, sexto colocado, a diferença é um pouco maior - três pontos.

Os gaúchos têm a chance de se recuperarem na tabela diante o Vasco, na próxima quarta-feira, em Porto Alegre.

O Botafogo é outro time que tem oscilado no returno. Sofreu duas derrotas seguidas para Goiás, concorrente na briga pelo G-4, e Internacional, que possui remotas chances de conquistar a vaga na Copa Libertadores-2014. No dia seguinte ao jogo contra o Colorado, dezenas de torcedores botafoguenses foram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim hostilizar os atletas. Nem o holandês Seedorf foi poupado dos xingamentos.

O Fogão pode dormir a noite dessa quarta-feira fora do G-4, algo que não acontece desde a quarta rodada. Para isso não acontecer, o Botafogo precisa fazer o dever de casa contra a Portuguesa, no Maracanã. Caso não pontue, precisa torcer por uma derrota do Goiás para a Ponte Preta, no Serra Dourada e para que o Vitória não derrote o Cruzeiro, no Barradão.

Com elencos baratos, Goiás e Vitória, podem ser os azarões na Copa Libertadores 2014. Os dois times vêm fazendo uma campanha muito boa. Os rubro-negros, do técnico Ney Franco, têm a terceira melhor campanha do returno. Na rodada do final de semana, o Vitória foi ao estádio Moisés Lucarelli, em Campinas e com muita autoridade goleou a Ponte Preta (3 a 0). O meia-atacante Marquinhos e o atacante Dinei são os destaques do time baiano.

Os esmeraldinos, de Enderson Moreira, têm a quarta melhor campanha do segundo turno. É importante dizer que o craque do time, o atacante Walter, não disputou as últimas rodadas, devido a uma lesão muscular. Ele está quase pronto para retornar aos gramados e deve ser uma grande arma para o Goiás beliscar a vaga no G-4.

Abram os olhos, Grêmio e Botafogo! Goiás e Vitória estão de olho no G-4!

SEQUÊNCIAS DE GRÊMIO, BOTAFOGO, GOIÁS E VITÓRIA

GRÊMIO: Vasco (casa), Flamengo (casa), Ponte Preta (fora), Goiás (casa) e Portuguesa (fora)
BOTAFOGO: Portuguesa (casa), Atlético-PR (casa), São Paulo (fora), Coritiba (fora) e Criciúma (casa)
GOIÁS: Ponte Preta (casa), Internacional (casa), Atlético-MG (fora), Grêmio (fora) e Santos (casa)
VITÓRIA: Cruzeiro (casa), Santos (casa), Criciúma (fora), Flamengo (casa) e Atlético-MG (fora)




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O cauteloso São Paulo se defende bem em Medellín e avança na Sul-Americana

O Tricolor Paulista confirmou o favoritismo no confronto contra o Atlético Nacional-COL e seguiu na luta pelo bicampeonato da Copa Sul-Americana. Mesmo praticando um futebol sem brilho, a equipe paulista se comportou bem no sistema defensivo e conseguiu segurar um empate sem gols contra os colombianos, em Medellín. No jogo de ida, no Morumbi, o São Paulo havia vencido por 3 a 2 e agora classificado para a semifinal pega a Ponte Preta, que eliminou o Vélez Sarsfield, em Buenos Aires.

                                       crédito foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Novamente sem Ganso, suspenso pela Conmebol, o São Paulo mostrou muitas dificuldades em criar jogadas. O substituto Jadson esteve apático e não repetiu o bom futebol apresentado no jogo anterior. No primeiro tempo, o time finalizou apenas uma vez, sem nenhum perigo ao gol de Armani. Por outro lado, os anfitriões tomaram mais a iniciativa do ataque, mas sem assustar muito Rogério Ceni. O Atlético Nacional insistiu nas jogadas aéreas, que foram neutralizadas por Rodrigo Caio e Antônio Carlos.

No início da etapa final, o Atlético Nacional mostrou maior apetite ofensivo e deu a impressão que poderia complicar as coisas para o lado são paulino. Aos 4, o lateral Medina arriscou de longe e Rogério Ceni, como um líbero de vôlei, defendeu de manchete. Aos 9, o atacante Duque, o atleta mais perigoso dos colombianos, recebeu cruzamento e mandou de voleio por cima do travessão. Preocupado com o fraco rendimento do São Paulo, Muricy Ramalho sacou os inoperantes Luis Fabiano (5 minutos) e Jadson (15 minutos) para as entradas do atacante Ademilson e do volante Wellington.

As trocas não surtiram tanto efeito e o São Paulo não teve vergonha em jogar com o regulamento debaixo do braço até o apito final. O Atlético Nacional tentou o gol da classificação, mas esbarrou em suas limitações técnicas. Nos minutos finais voltou a abusar dos chuveirinhos.

Pitacos

*** Destaco a boa atuação do sistema defensivo são paulino. Apesar de um início vacilante com erros na saída de bola, o setor mostrou segurança na sequência da partida. Os raçudos Rodrigo Caio, Paulo Miranda e Douglas foram fundamentais para a classificação com inúmeros desarmes e bom posicionamento nas jogadas aéreas do Atlético.

*** Assim como na ida, no Morumbi, Luis Fabiano iniciou como titular e foi muito mal. Mal fisicamente, o centroavante teve imensas dificuldades em dominar a bola e não deu nenhum chute a gol. No início do segundo tempo deu lugar a Ademílson, que pouco acrescentou. Luis Fabiano é um peso morto lá na frente.

*** O Atlético Nacional voltou a mostrar boa organização tática e muita aplicação. Contudo não teve qualidade para surpreender o adversário. O meia Cárdenas e o atacante Duque foram os melhores.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quarteto de ferro paulista tem indefinições no comando técnico para 2014

2013 está perto do fim e os grandes paulistas ainda não definiram seus comandantes para a próxima temporada. O são paulino Muricy Ramalho, o corintiano Tite, o santista Claudinei Oliveira e o palmeirense Gilson Kleina têm contrato apenas até 31 de dezembro de 2013 e ainda não sabem se terão os vínculos prorrogados. Muricy Ramalho talvez seja o único do quarteto de ferro que esteja com a situação mais encaminhada. Há o desejo da duas partes para a permanência. Muricy tem história no Morumbi. É um dos treinadores mais vitoriosos do clube e conta com enorme simpatia do torcedor. Com ele na próxima temporada, o Tricolor entra como favorito em todas as competições que for disputar.

                                              crédito foto: Paulo Pinto/saopaulofc.net

Há pouco mais de três anos no Corinthians, onde conquistou quase todos os títulos possíveis, o técnico Tite sente os efeitos do longo período e provavelmente não ficará no Parque São Jorge em 2014. A má campanha do Timão no Campeonato Brasileiro deve encerrar o casamento mais longo da elite do futebol brasileiro. Penso que o fim da relação seria positivo para ambas as partes. Em setembro falei a respeito disso no blog. Mano Menezes, que treinou o Timão de 2008 a 2010, é nome forte para assumir a vaga.

                                             crédito foto: Divulgação

Vindo do time Sub-20, Claudinei Oliveira assumiu interinamente o profissional do Santos na segunda rodada do Campeonato Brasileiro e não demorou a ser efetivado no cargo. No entanto, o time sofreu oscilação nessa reta final da temporada e alguns membros da diretoria e do Conselho Gestor defendem a contratação de um treinador mais experiente. O argentino Ricardo Gareca, do Vélez Sarsfield, Gilson Kleina, do Palmeiras e Dorival Júnior, atualmente desempregado, podem pintar no próximo ano. Esse último já treinou o Santos em 2010, tendo conquistado os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Acabou sendo demitido após afastar o craque Neymar do time.

                                              crédito foto: divulgação Santos FC

Claudinei não tem culpa pela fraca campanha do Santos no Campeonato Brasileiro. O time tem limites técnicos evidentes principalmente no setor ofensivo. Depender de Éverton Costa e Willian José é dose.

Gilson Kleina ficou marcado como o treinador que caiu com o Palmeiras para a série B e que reconduziu o time à elite com um trabalho competente. No entanto os insucessos em torneios mata-mata em 2013 (quedas na semifinal do Campeonato Paulista, nas oitavas de finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil) devem fazer com que a diretoria opte pela vinda de um técnico mais renomado no ano do centenário. Mesmo com o acesso à elite garantido com bastante antecedência, ninguém procurou Gilson Kleina para tratar a renovação contratual.

                                            crédito foto: Ferdinando Ramos/AE
                                       
Devido a falta de opções convincentes no mercado, penso que a diretoria palmeirense deveria prorrogar o contrato de Kleina, que conta com o respaldo dos atletas. Isso deveria ser levado em conta pelos cartolas. O nome de Vanderlei Luxemburgo foi cogitado para assumir o time a partir de 2014. Para sorte dos palmeirenses, o diretor executivo, José Carlos Brunoro, descartou o retorno do treinador Vanderlei Luxemburgo, que há algum tempo acumula fracassos pelos times por onde passa.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lucas e Pato perdem espaço na Seleção Brasileira. Willian e Robinho ganham chance

O técnico Luiz Felipe Scolari divulgou no início da tarde dessa quinta-feira a lista dos 22 convocados para os dois últimos amistosos do ano contra Honduras (16 de novembro - Miami/EUA) e Chile (19 de novembro - Toronto/CAN).

Ficou mais do que claro que Lucas, o queridinho da mídia e de milhares de torcedores, e Alexandre Pato, o pseudo-craque, perderam espaço no time após as fracas exibições nos amistosos contra Coreia do Sul e Zâmbia, em outubro. Arrisco a dizer que ambos jogaram no lixo as chances de disputarem a Copa do Mundo em 2014. Em contrapartida, o meia Willian, do Chelsea e o atacante Robinho, do Milan, vão ter a suas primeiras chances com Felipão.

         Robinho em ação na Copa do Mundo de 2010. Crédito foto: Nike/Futebol

Willian merecia já há algum tempo a convocação. Trata-se de um ótimo meia, que fez sucesso no Shakhtar Donetsk e que vem atuando bem pelo Chelsea, o seu novo clube. Chega para um setor carente. É bom lembrar que o treinador estava levando apenas um meia de ofício.

Não daria chance a Robinho, que vive altos e baixos no Milan. Entendo que o atacante Diego Tardelli merecia oportunidade. O atleticano é um dos melhores atletas brasileiros em 2013. Fez uma Copa Libertadores brilhante e vem tendo boas atuações no Campeonato Brasileiro. Evoluiu muito desde que retornou ao Brasil. Sabe armar as jogadas e chega com muita qualidade ao ataque.

Felipão chamou Robinho com intuito de aumentar a experiência do grupo, já que o veterano Fred está lesionado, o que evidencia a falta de opções para o setor. Atletas que seriam titulares em outras épocas também não se encontram em boa fase, casos de Luis Fabiano, Leandro Damião. Diego Costa, do Atlético de Madrid havia sido convocado com antecedência, porém renunciou e optou por defender a Espanha.

Crescem assim as chances de Robinho disputar a sua terceira Copa do Mundo seguida, o que seria um grande feito para um atleta de 29 anos.

Outra boa novidade é a convocação do jovem zagueiro Marquinhos, que iniciou muito bem a sua passagem pelo Paris Saint-Germain. O ex-corintiano vinha sendo cotado para defender a Seleção de Portugal. Felizmente, Felipão deu a primeira oportunidade ao jogador. Marquinhos é um zagueiro técnico e que tem ótima noção de cobertura.

LISTA DOS 22 CONVOCADOS

Goleiros:

Julio Cesar - Queens Park Rangers

Victor - Atlético Mineiro

Zagueiros:

David Luiz - Chelsea

Dante - Bayern de Munique

Thiago Silva - Paris Saint Germain

Marquinhos - Paris Saint Germain

Laterais:

Daniel Alves - Barcelona

Maicon  - Roma

Marcelo - Real Madrid

Maxwell - Paris Saint Germain

Meio-campo

Lucas Leiva - Liverpool

Hernanes - Lazio

Luiz Gustavo - Wolfsburg

Paulinho - Tottenham Hotspur

Meia/atacantes

Ramires - Chelsea

Oscar - Chelsea

Jô - Atlético Mineiro

Robinho - Milan

Hulk - Zenit

Bernard - Shakhtar Donetsk

Willian - Chelsea

Neymar - Barcelona

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

São Paulo quase se complica no Morumbi, mas zagueirão põe o time em vantagem nas quartas da Sul-Americana

O São Paulo encontrou muitas dificuldades diante do Atlético Nacional, da Colômbia, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana, no Morumbi. Tudo se encaminhava para um empate em 2 a 2, até que aos 45 minutos do segundo tempo, o zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, estufou as redes do goleiro Armani e garantiu a vitória. O camisa 4 já havia marcado o segundo gol são paulino na partida.

                                          crédito foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Com o triunfo por 3 a 2, o Tricolor joga por qualquer empate na próxima quarta-feira, em Medellín, para avançar à semifinal da competição.

O Atlético Nacional surpreendeu os anfitriões com forte marcação. No entanto, o São Paulo não demorou a abrir o placar. Jadson furou a retranca colombiana aos 14 minutos com forte arremate, encobrindo o goleiro. Um golaço! O time colombiano se arriscava pouco ao ataque. O Tricolor poderia ter ampliado o placar aos 35 minutos. Maicon carregou a bola pelo meio de campo, e deixou Aloísio em boas condições para marcar. O atacante tirou o goleiro da jogada, mas Nájera evitou o gol.

E não é que o Atlético conseguiu empatar logo em sua única chegada perigosa no primeiro tempo? E contou com ajuda do são paulino Rodrigo Caio, que perdeu a bola para Cárdenas. O meia só tocou para Uribe correr para o abraço aos 39 minutos. Um falha bisonha do jovem zagueiro. Logo em seguida, o inoperante Luis Fabiano deu lugar a Ademilson, que contou com o apoio do torcedor.

O gol no final do primeiro tempo deu mais moral aos visitantes, que voltaram mais ofensivos na etapa final, imprimindo forte marcação na saída de bola são paulina. Aos 7 minutos, os jogadores do Atlético reclamaram de pênalti de Paulo Miranda em Uribe. Realmente a infração aconteceu. O zagueiro puxou o atacante dentro da área. O peruano Victor Carrillo não viu. Três minutos depois, Uribe, o melhor colombiano em campo, recebeu de Cárdenas e bateu cruzado para fora, assustando Rogério Ceni.

O São Paulo demorou a encontrar o seu futebol. Quando a torcida já dava sinais de impaciência, o Tricolor chegou ao segundo gol. Aos 27, Douglas bateu escanteio, Rodrigo Caio desviou e Antônio Carlos, de cabeça, completou para a rede.

A comemoração durou pouco. Aos 33, o sistema defensivo voltou a falhar. Antônio Carlos perdeu a bola no meio de campo, Duque ganhou na corrida de Paulo Miranda e só tocou na saída de Rogério Ceni, deixando tudo igual.

O time do São Paulo não desistiu da vitória. E o gol salvador veio aos 45 minutos novamente com o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos (1,84 m), que tem mostrado muito mais faro de gol do que o problemático atacante Luis Fabiano, que depois de tanto tempo afastado por lesão muscular, voltou a ser titular, porém teve atuação apagada. Para sorte são paulina, brilhou a estrela do camisa 4, que desembarcou no Morumbi há pouco tempo, após defender as cores do Botafogo. Ele acabou se redimindo do erro no segundo gol adversário.

Para continuar na briga pelo bicampeonato da Sul-Americana, o São Paulo terá que corrigir os seus erros defensivos. O Atlético Nacional mostrou-se um time ajeitadinho na defesa e forte nos contragolpes. No entanto creio que não resistirá a superioridade técnica brasileira na semana que vem.





domingo, 27 de outubro de 2013

Não faltam emoções na parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro...

O campeão e o G-4 do Campeonato Brasileiro já estão praticamente definidos. O Cruzeiro é o virtual campeão e dificilmente Botafogo, Grêmio e Atlético-PR ficarão de fora das quatro primeiras colocações. Mas engana-se quem diz que o torneio perdeu a graça. Ao contrário da parte de cima da tabela, não falta emoção lá embaixo. A disputa contra o rebaixamento à série B é intensa.

A matemática ainda não confirma, mas o Náutico é o primeiro rebaixado. O Timbu é o lanterna com apenas 17 pontos e terminou a 31ª rodada a 19 pontos do Fluminense, o primeiro fora do G-4.

O Criciúma caminha a passos largos para retornar à segunda divisão. Com três derrotas seguidas, os catarinenses amargam a 19ª colocação com 32 pontos ganhos. O time precisará de uma sequência de vitórias nas sete rodadas finais para escapar da degola. Algo difícil de acontecer. Afinal falta qualidade ao Tigre.

O Vasco segue o seu calvário na elite e pode conhecer o seu segundo rebaixamento na história. Com a derrota de virada para a Ponte Preta, no último domingo, o Gigante da Colina caiu para a 18ª colocação com apenas 33 pontos ganhos. Além dos resultados não virem dentro de campo, o clube está mergulhado numa grande crise financeira com salários de funcionários atrasados.

Mesmo ocupando o Z-4, a Ponte Preta tem dado sinais que pode escapar da degola. Os campineiros não perdem a três rodadas (duas vitórias e um empate). Na 31ª rodada obtiveram um feito improvável. A poucos minutos do final do jogo contra o Vasco, a Macaca conseguiu virar o placar com gols de Adrianinho e Uendel, e subiu para a 17ª colocação. Aliás que semana fantástica viveu o time dirigido por Jorginho, que na última terça-feira foi à Colômbia e garantiu a classificação às quartas de final da Copa Sul-Americana, onde vai pegar o tradicional Vélez Sarfield.

                                      crédito foto: PontePress/Guilherme Dorigatti

Fluminense (16º colocado / 36 pontos), Bahia (15º / 37 pontos), Portuguesa (14 º/ 39 pontos), Coritiba (13º / 40 pontos), Corinthians (12º / 41 pontos) e Flamengo (11º / 41 pontos) ainda não se livraram dos riscos de queda.

Atual campeão brasileiro, o Fluminense terminou a rodada do final de semana somente três pontos a frente do Z-4. Já imaginou Flu e Vasco na série B em 2014? Esse cenário já não é tão improvável de ser concretizado.

Boa sorte a quem está lutando contra as últimas posições na tabela!!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dida brilha na classificação do Grêmio à semifinal da Copa do Brasil. O irresponsável Pato é o vilão da eliminação corintiana

O Grêmio precisou das penalidades para avançar à semifinal da Copa do Brasil após um empate sem gols no tempo normal diante de um Corinthians extremamente cauteloso, em Porto Alegre (na ida, no Pacaembu, também houve 0 a 0). Pará, Elano e Kléber converteram as cobranças do Tricolor Gaúcho (3 a 2). Romarinho e Alessandro descontaram para o Timão.

O irresponsável Alexandre Pato tentou a cavadinha na última cobrança, Dida defendeu com tranquilidade e botou os gaúchos na próxima fase do torneio. O experiente goleiro já havia defendido cobranças de Danilo e Edenilson.



O jogo

Sob o apoio irrestrito de sua torcida, o Grêmio dominou o Corinthians na maior parte dos 90 minutos com forte marcação sob pressão. No primeiro tempo, o Timão finalizou apenas uma vez em direção ao gol. Dida espalmou chute de Douglas. Muito pouco para as tradições do clube. O meio de campo corintiano mostrou muita dificuldade em fazer a ligação com o ataque. Ralf, Guilherme, Edenilson e Douglas abusaram dos erros de passe.

Por outro lado, o Grêmio criou mais chances, principalmente pelo lado direito do campo. Kléber aproveitou-se da fragilidade defensiva de Fábio Santos para incomodar o goleiro Walter. Na primeira oportunidade, ele bateu para boa defesa do arqueiro. No rebote, de frente para o gol, o chileno Vargas chutou para longe.

No segundo tempo, o Grêmio intensificou a pressão em busca do gol que lhe daria a classificação ainda no tempo normal. Barcos, livre de marcação, cabeceou para grande defesa de Walter.  O Corinthians só assustou em cobrança de falta de Emerson Sheik aos 30 minutos. A bola passou perto da trave.

Aos 37 minutos, os anfitriões perderam chance incrível para sair em vantagem. Vargas, dentro da grande área, finalizou na trave. Nos minutos finais, Vargas e Emerson Sheik se desentenderam e foram expulsos pelo árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra.

O Grêmio merecia a vitória e consequentemente a classificação no tempo normal. Teve muito mais volume de jogo diante de um adversário, que chegou muito pouco ao ataque. Contudo, o empate sem gols acabou prevalecendo.

Nas penalidades, o Grêmio enfim comprovou a superioridade e bateu os paulistas por 3 a 2. Dida pegou três cobranças. O rival Walter defendeu batida de Barcos.

O Imortal agora pegará o Atlético-PR na semifinal da Copa do Brasil. O Furacão eliminou o Internacional, em Curitiba.

Com a eliminação, o Corinthians sepultou suas chances de jogar a Copa Libertadores de 2014, o que é um desastre para um clube que investiu pesado em seu elenco. É inadmissível que um atacante, que custou 40 milhões de reais, brinque em sua cobrança de pênalti diante do gigante Dida, um dos melhores goleiros da história do futebol brasileiro.

O Timão agora concentra suas forças apenas no Campeonato Brasileiro, onde é apenas o 12º colocado e corre risco considerável de queda à série B. Domingo, o alvinegro medirá forças contra o Santos, em Araraquara.


domingo, 20 de outubro de 2013

Curtinhas da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro: A "oscilação" do líder Cruzeiro, a surpresa Goiás, a evolução são paulina

*** Demorou, mas o Cruzeiro, assim como todo o time que disputa o longo Campeonato Brasileiro, começou a oscilar. Nas últimas quatro rodadas, o líder sofreu três derrotas, a última delas para o Coritiba (2 a 1), que luta contra a degola. Nada que cause tantas preocupações. Afinal os mineiros ainda têm gordura para queimar nas oito rodadas restantes. Estão nove pontos a frente do vice-líder Grêmio. O título continua muito perto.

*** O Goiás é uma das gratas surpresas no Brasileirão. Ninguém botava fé nos esmeraldinos, que retornaram à elite em 2013. O time comandado por Enderson Moreira vem fazendo uma campanha muito boa e pode beliscar uma vaga na Copa Libertadores 2014. No último domingo, os goianos enfiaram 3 a 0 no Atlético-PR e pularam para a quinta colocação, ficando a quatro pontos do G-4.  O bom momento tem a ver com o atacante Walter, artilheiro com 12 gols. O gordinho tem feito cada gol bonito. Imagine se estivesse magro. Certamente estaria brigando por uma vaga na Seleção Brasileira.

                                            crédito foto: site oficial do Goiás

*** O São Paulo frequentou a zona do rebaixamento em boa parte do primeiro turno. Bastou Muricy Ramalho reassumir o comando técnico para que o time subisse de produção e se afastasse das últimas colocações. Com a vitória sobre o Bahia (1 a 0), o Tricolor, que atuou em boa parte do jogo com dois homens a menos (Denilson e Maicon foram expulsos), pulou para a 10ª colocação. Pegando apenas o segundo turno como parâmetro, o time tem a melhor campanha ao lado do Cruzeiro. O futebol são paulino melhorou bastante em relação as rodadas anteriores. Muricy acertou o posicionamento da defesa. Os jogadores melhoraram o toque de bola e passaram a buscar o ataque com mais frequência.

*** Tivemos dois grandes clássicos na rodada: Internacional x Grêmio e Botafogo x Vasco. Ambos terminaram empatados em 2 a 2. No Grenal, o resultado foi melhor para o vice-líder Grêmio, que ainda tem alguma esperança na conquista do título. O Colorado caiu para a nona colocação e ficou mais longe do G-4. No Rio de Janeiro, o empate não agradou a ambos. O Botafogo levou o empate após abrir 2 a 0 e se manteve na quarta colocação. Mesmo com a reação, o Vasco seguiu na zona do rebaixamento.

*** O torcedor corintiano respirou aliviado no último sábado com a suada vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, em Itu. Com o gol de Alexandre Pato, o time quebrou a sequência de quatro jogos sem vencer e abriu sete pontos para a temida zona do rebaixamento. O futebol alvinegro não foi dos melhores, mas quando a fase não é boa o que importa são os três pontos. O resultado deu mais tranquilidade ao técnico Tite, que vinha tendo o seu trabalho contestado no Parque São Jorge.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O bom senso prevaleceu e a diretoria corintiana manteve Tite

O principal assunto da última quinta-feira foi a possibilidade da saída do técnico Tite do Corinthians devido a sequência de resultados negativos no Campeonato Brasileiro, que aproximaram o time da temida zona do rebaixamento. Alguns colegas da imprensa bancaram a sua saída, porém no final do dia a diretoria do clube garantiu a permanência. Para o diretor de futebol Roberto de Andrade, a demissão do treinador não foi colocada em pauta.

O bom senso acabou prevalecendo. A direção acertou em manter Tite no comando mesmo com o treinador não vivendo bom momento no Timão e não tendo humildade para reconhecer seus erros. Não fazia sentido em dispensar o técnico mais vitorioso da história corintiana faltando pouco mais de dois meses para o final do vínculo contratual. No entanto se fosse dirigente do clube não prolongaria o acordo para o bem das duas partes. Claramente desgastado no Parque São Jorge, Tite merece respirar novos ares em 2014. Por outro lado, o Corinthians deveria apostar num técnico da nova geração como Cristóvão Borges (Bahia) ou Enderson Moreira (Goiás).

O elenco precisa ser reformulado para a próxima temporada. Vejo muitos jogadores que não estão rendendo mais depois de tantas conquistas nos últimos anos, casos do lateral Alessandro e dos meias Danilo e Douglas, que estão sentindo os efeitos da idade avançada. Alessandro já comunicou que pendurará as chuteiras após o final do Campeonato Brasileiro e deve ocupar um cargo diretivo. Manteria Danilo e Douglas apenas para comporem o elenco. Ambos não têm mais condições de terem uma sequência como titulares. O Corinthians precisa de sangue novo no meio de campo. Os meio-campistas Ibson e Maldonado, que chegaram no decorrer da temporada, em nada acrescentaram e deveriam ser dispensados.

O setor ofensivo também merece cuidados especiais da diretoria. Pasmem! Nas últimas dez rodadas do Brasileirão, o Timão balançou as redes apenas três vezes, o que é inadmissível. O Timão deveria ir atrás de um novo centroavante para disputar posição com Guerrero, que convive com problemas físicos. Romarinho e Emerson Sheik nunca foram primores na finalização. Alexandre Pato tem sete gols no campeonato, mas some quando o time mais precisa dele assim não justificando os mais de 40 milhões investidos em seu futebol.

Nesse sábado, o Corinthians pega o desesperado Criciúma, em Itu. Jogo muito importante para o time se distanciar da zona do rebaixamento e poder respirar com mais tranquilidade. Em caso de novo tropeço, a pressão em cima de Tite voltará a ficar grande. Além do Tigre, o alvinegro terá pela frente até o final do campeonato mais quatro adversários que estão na parte de baixo da tabela: Fluminense (casa), Coritiba (fora), Vasco (casa) e Náutico (fora).


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Repórter do SBT entra para o seleto grupo da Literatura Esportiva Brasileira

Mais um mestre da Comunicação entrou para o time da Literatura Esportiva Brasileira. Na noite dessa terça-feira (15 de outubro), no Bar O Torcedor, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, Rodrigo Viana, repórter do SBT e professor de pós-graduação em Jornalismo Esportivo, lançou oficialmente o seu primeiro livro: "A Bola e o Verbo - O Futebol na Crônica Brasileira". Centenas de amigos, familiares vindos diretamente de Araraquara e fãs adquiriram a publicação, e fizeram fila para receber a dedicatória do autor.

Alunos do curso de pós-graduação de Jornalismo Esportivo (FMU). Rodrigo Viana segura a bandeira da Ferroviária de Araraquara, o seu clube de coração


Os repórteres esportivos Roberto Thomé e Gudryan Neufert, ambos da TV Record e Osmar Garrafa, da TV Gazeta, estiveram prestigiando o colega de profissão. Amigo de longa data de Rodrigo, o ex-volante Elzo, que teve passagens por Atlético-MG e Seleção Brasileira, também esteve no evento.

                                O volante Elzo foi titular na Copa do Mundo de 1986

Publicado pela editora Summus, o livro entrelaça três temas bastante caros aos brasileiros: literatura, futebol e jornalismo. Rodrigo descreveu inicialmente o percurso histórico da crônica até ela chegar ao Brasil. Em seguida, demonstrou em que momento sociocultural a crônica específica de futebol tomou vulto, contextualizando o surgimento e a consolidação da imprensa e do esporte futebol no país. Embasado historicamente, partiu para o olhar crítico dos textos produzidos pelos maiores cronistas literários da cena futebolística.

“Eles derrubaram a fronteira entre o jornalismo e a literatura, mesclando crônica e artigo, relato pessoal e análise jornalística, constituindo um caminho para o jornalismo literário”, afirma Viana.

A crônica moderna de futebol se afirmou e se desenvolveu num espaço heterogêneo e continua se aproximando de outros gêneros literários. A diversidade temática, o diálogo com o leitor, a liberdade formal e a peculiar leveza no tratamento dos assuntos consolidaram-se junto com o próprio esporte. Um esporte que se tornou paixão nacional, com uma magnitude que extrapola as quatro linhas do gramado.

Na apresentação da obra, o escritor Ignácio de Loyola Brandão descreve com maestria a sutileza de uma crônica: “Quanto mais simples é a escrita, mais difícil ela é na sua feitura. A simplicidade exige disciplina, talento, aplicação. E essa simplicidade aparente está aqui para decifrar uma coisa que parece simples, no entanto é complexa, o mundo do futebol. Bem-vindo ao mundo do futebol literatura, Rodrigo Viana”.

Que venham mais obras desse universo apaixonante que é o futebol!



FICHA TÉCNICA
Título: A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira
Autor: Rodrigo Viana
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 32,20 (Ebook: R$ 19,90)
Páginas: 80 páginas – 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-323-0919-8
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

domingo, 13 de outubro de 2013

Ataques de Corinthians e São Paulo patinam no Brasileirão e precisam de reforços para a próxima temporada

Corinthians (12º) e São Paulo (15º) estão sofrendo muito mais do que o esperado nesse Campeonato Brasileiro. Apontados por muito especialistas como dois dos postulares ao título brasileiro, os rivais estão bem longe do pelotão de elite e correm riscos de queda à série B. Um dos maiores motivos para a má colocação na tabela é sem dúvida a ineficiência ofensiva.

O Corinthians tem o segundo pior ataque do Brasileirão com apenas 22 gols em 28 rodadas. O São Paulo vem logo atrás com 26.


                                                      crédito foto: Vipcomm

A carência de gols ficou mais uma vez evidente no clássico do último domingo, no Morumbi, válido pela 28ª rodada. São Paulo e Corinthians voltaram a falhar na pontaria e não saíram de um empate em 0 a 0. Impressiona a dificuldade de os jogadores corintianos balançarem as redes. No returno, em nove jogos disputados, a equipe foi às redes adversárias em apenas três oportunidades. São três empates seguidos (Atlético-MG, Atlético-PR e São Paulo). Até o saco de pancadas, o lanterna Náutico fez mais gols do que o alvinegro paulista na segunda metade.

Escalados com frequência nas últimas partidas, Romarinho e Emerson Sheik anotaram apenas três gols. O jovem tem um e o veterano, dois. Romarinho mostra deficiência na finalização e tem se preocupado mais em cavar faltas do que ir em direção ao gol. Emerson Sheik esqueceu o bom futebol na conquista da Copa Libertadores de 2012 e virou um jogador normal e que responde com agressividade qualquer contato do adversário.

O artilheiro do Timão é o atacante Alexandre Pato, que ficou de fora das últimas três rodadas devido a preparação para amistosos com a Seleção Brasileira. Ele tem sete gols no Brasileirão, mas mesmo assim ainda não justificou os 40 milhões de reais investidos nele no início da temporada. O centroavante Guerrero fez cinco gols, mas ficou um longo tempo sem marcar e convive com problemas médicos.

O São Paulo também tem dado calafrios ao seu torcedor. A dificuldade é imensa para acertar o gol adversário. Não fosse o baixo rendimento do ataque, o Tricolor provavelmente estaria brigando pela parte da cima da tabela. Até o goleiro artilheiro Rogério Ceni desaprendeu a marcar gols. Só fez um e desperdiçou quatro cobranças seguidas de pênalti, três delas no Nacional. A última aconteceu justamente contra o rival Corinthians. Um gol naquele momento deixaria os são paulinos mais longe do Z-4 e colocaria maior pressão no adversário.

Apenas três atacantes do elenco fizeram gols (Luis Fabiano, Aloísio e Wellinton). Luis Fabiano é o artilheiro do time com seis tentos, porém não tem conseguido embalar uma sequência de jogos devido a lesões musculares e é questionado por alguns torcedores por não ter bom desempenho em momentos decisivos. Aloísio é o vice-artilheiro com cinco gols. No entanto está longe de ser a solução para os problemas ofensivos. O ex-jogador do Figueirense é raçudo, mas carece de técnica para ir às redes adversárias com mais frequência. Wellinton chegou com o Brasileirão em andamento e ainda não conseguiu cavar espaço entre os titulares. Fez apenas um gol. Osvaldo, que teve um início de ano muito bom, caiu de rendimento e não saiu do zero na competição. Com o jejum, perdeu espaço nas últimas rodadas.

As inscrições de novos jogadores para as últimas dez rodadas do Campeonato Brasileirão estão encerradas. Contudo, as diretorias de Corinthians e São Paulo precisam trabalhar arduamente na contratação de atacantes, visando a próxima temporada. 2014 está logo ali e os torcedores dos dois times não podem continuar sendo maltratados pela incompetência dos homens de frente.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A bola e o verbo - O futebol na crônica brasileira

Com prefácio de Juca Kfouri e apresentação de Ignácio de Loyola Brandão, o livro do jornalista esportivo Rodrigo Viana entrelaça três temas bastante caros aos brasileiros: literatura, futebol e jornalismo. Um verdadeiro clássico.



Quem nunca se deliciou ao ler uma crônica de futebol? Elementos do conto, da poesia, do romance. Uma mistura perfeita para descrever a emoção desse universo apaixonante. Com a proposta de esmiuçar essa narrativa, o jornalista Rodrigo Viana foi buscar no futebol os argumentos para situar a crônica como gênero literário e também jornalístico. Por meio da análise e comparação de textos escritos por craques como Mário de Andrade, Lima Barreto, José Roberto Torero e João Saldanha, ele mostra como a crônica de futebol se instalou na imprensa brasileira e os desdobramentos desse movimento para a nossa literatura e para o jornalismo. O resultado está no livro A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira (80 p., R$ 32,20), lançamento da Summus Editorial. O lançamento acontece no dia 15 de outubro, terça-feira, das 19h às 22h, no Bar O Torcedor – Museu do Futebol (Estádio do Pacaembu, Praça Charles Miller – Loja 1 – São Paulo – SP).

Ao decidir fazer sua dissertação de mestrado, Viana queria, antes de tudo, falar de um “jornalismo humano”. Um jornalismo que trabalha o texto de forma quase artesanal, que dialoga com um leitor imaginário e que o faz vivenciar a emoção de cada palavra. Amante dos gramados desde a infância – foi jogador de futebol antes de cursar jornalismo –, ele não precisou de muita pesquisa para encontrar seu objeto de estudo. “As crônicas de futebol já faziam parte da minha vida. Mergulhar nesse mundo, onde o jornalismo se aproxima da literatura, era um desafio épico, que enfrentei como missão”, diz o autor.

Para entrar nesse universo tão simples e tão complexo ao mesmo tempo, o jornalista descreveu inicialmente o percurso histórico da crônica até ela chegar ao Brasil. Em seguida, demonstrou em que momento sociocultural a crônica específica de futebol tomou vulto, contextualizando o surgimento e a consolidação da imprensa e do esporte futebol no país. Embasado historicamente, partiu para o olhar crítico dos textos produzidos pelos maiores cronistas literários da cena futebolística.

“Eles derrubaram a fronteira entre o jornalismo e a literatura, mesclando crônica e artigo, relato pessoal e análise jornalística, constituindo um caminho para o jornalismo literário”, afirma Viana.

A crônica moderna de futebol se afirmou e se desenvolveu num espaço heterogêneo e continua se aproximando de outros gêneros literários. A diversidade temática, o diálogo com o leitor, a liberdade formal e a peculiar leveza no tratamento dos assuntos consolidaram-se junto com o próprio esporte. Um esporte que se tornou paixão nacional, com uma magnitude que extrapola as quatro linhas do gramado.

Na apresentação da obra, o escritor Ignácio de Loyola Brandão descreve com maestria a sutileza de uma crônica: “Quanto mais simples é a escrita, mais difícil ela é na sua feitura. A simplicidade exige disciplina, talento, aplicação. E essa simplicidade aparente está aqui para decifrar uma coisa que parece simples, no entanto é complexa, o mundo do futebol. Bem-vindo ao mundo do futebol literatura, Rodrigo Viana”.

O autor

Rodrigo Viana nasceu em Ilha Solteira (SP), mas adotou Araraquara (SP) como cidade natal. Jornalista e mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é professor de pós-graduação em Jornalismo Esportivo. Repórter do SBT e colunista da revista Imprensa, ministra palestras, oficinas e workshops em parceria com a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Criador do FutCiência – grupo de estudos dentro da Universidade do Futebol – também é membro do Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol. Em mais de 15 anos de carreira, rodou o mundo atrás de boas histórias: em 2012, viajou para o Japão e acompanhou a saga do título mundial do Corinthians. Seguindo a linha investigativa no esporte, denunciou o esquema de venda de ingressos pela segurança da Fifa na Copa das Confederações, ocorrida em junho de 2013 no Brasil. É apaixonado pela Ferroviária de Araraquara, time em que jogou nas categorias de base.

Título: A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira
Autor: Rodrigo Viana
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 32,20 (Ebook: R$ 19,90)
Páginas: 80 páginas – 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-323-0919-8
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

Mais informações com Ana Paula Alencar
11-4787-1322
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Com a série B no papo, como anda o planejamento do Palmeiras para 2014?

O Palmeiras está muito perto de sacramentar o retorno à elite do futebol brasileiro. O acesso pode vir ainda no mês de outubro. Faltando apenas 10 rodadas para o final da série B, o Verdão tem 17 pontos a frente do quinto colocado, o Paraná.

A tranquilidade na fraca série B permite ao Palmeiras antecipar o planejamento para 2014, o ano do centenário do clube. No entanto não consigo ver um empenho entre os dirigentes palestrinos para que o clube entre na próxima temporada com boas possibilidades de conquistas.

Para começar, a diretoria ainda não definiu quem será o treinador em 2014. Gilson Kleina tem contrato até o final de dezembro de 2013, e não há garantia de que terá seu vínculo prorrogado. Vanderlei Luxemburgo, que hoje treina o Fluminense, tem a simpatia de alguns cartolas e pode pintar  no centenário. Confesso que seria um erro apostar no retorno de Luxa, que há um bom tempo não realiza um trabalho convincente. A relação custo benefício é ruim. Hoje, o badalado treinador ganha muito e faz pouco. Não é nem sombra daquele profissional competente da década de 90.

O mais sensato seria a manutenção de Gilson Kleina no comando, já que há poucas opções interessantes no mercado. Kleina conhece bem o grupo e vem fazendo um trabalho satisfatório, embora tenha sofrido com eliminações na semifinal do Campeonato Paulista, e nas oitavas de finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.

                                                   crédito foto: Arena

Outro ponto que preocupa é o excesso de jogadores, que terão contratos encerrados em dezembro de 2013. São 13 no total: o goleiro Bruno, os zagueiros Vilson e André Luiz, o lateral Fernandinho, os volantes Charles, Márcio Araújo, Marcelo Oliveira, Léo Gago e Wendel; os meias Ronny, Rhondinelly e os atacantes Ananias e Leandro. Desses, Vilson, Charles, Márcio Araújo, Ananias e Leandro são os mais aproveitados por Kleina. Creio que a diretoria deveria fazer um esforço para ampliar o vínculo desses cinco últimos atletas, que mostraram potencial. Com exceção a Márcio Araújo, os outros atletas estão emprestados por Grêmio (Vilson e Leandro) e Cruzeiro (Charles e Ananias).

O Palmeiras também pode perder a revelação Luis Felipe para o Benfica, de Portugal. Após vários empréstimos para clubes do interior paulista, o jovem retornou ao clube para a disputa da série B e conquistou a titularidade na lateral-direita. Luis Felipe mostrou qualidade no apoio. O contrato dele com o alviverde vai até março de 2014 e desde já  pode assinar um pré contrato com outro clube.

A tendência é que o Palmeiras perca um número considerável de jogadores para a próxima temporada. Portanto a diretoria deverá ir atrás de bons jogadores. A cobrança da torcida será imensa. Ninguém admitirá um centenário frustrante.






quarta-feira, 9 de outubro de 2013

EmpaTITE segue a todo vapor no Corinthians

O Corinthians, de Tite, voltou a apresentar ausência de criatividade no meio de campo e no ataque, e diante do Atlético-PR, em Mogi Mirim, conheceu a 12ª igualdade no Campeonato Brasileiro (a sétima sem gols). O empate em 0 a 0 deixou o time mais perto da zona do rebaixamento do que do G-4. A diferença do Timão para o Vasco, 17ª colocado, caiu para perigosos quatro pontos. Para a zona de Libertadores, a diferença aumentou em nove pontos.



O primeiro tempo foi muito fraco tecnicamente. Apesar de ser o visitante, o Atlético-PR foi melhor nos 45 minutos iniciais. O time comandado por Vagner Mancini mostrou muita consistência defensiva e não deu liberdade aos meias corintianos. Esteve mais presente no campo de ataque, embora não tenha criado muitas chances de perigo.

O Furacão teve grande oportunidade de ir ao intervalo com a vitória parcial. Aos 36 minutos, após cobrança de escanteio, Manoel subiu mais alto do que os defensores adversários e carimbou o travessão.

O Corinthians só foi chegar com perigo aos 38 minutos em jogada individual de Edenilson, que bateu para fora. Muito pouco para um time que ainda sonha com vôos mais altos na competição e que tem um dos elencos mais caros do país.

Na volta do intervalo, Tite trocou o apagado Douglas por Rodriguinho. O Corinthians melhorou um pouco. Aos 9 minutos, Romarinho disparou pelo meio, invadiu a área e chutou em cima de Weverton. No entanto no decorrer do segundo tempo, o Corinthians voltou a ter imensas dificuldades na criação de jogadas.

Tite ainda trocou Romarinho e Danilo respectivamente por Paulo Victor e Diego Macedo. As trocas não deram resultado.

Aos 32, o Timão deu a sua última finalização na partida. Da entrada da área, Rodriguinho arriscou o chute e Weverton mandou para escanteio.

Nos minutos finais, o Atlético-PR foi mais perigoso e esteve perto de voltar para Curitiba com os três pontos na bagagem, porém Cássio trabalhou bem em duas batidas de João Paulo.

O empate sem gols acabou sendo justo num jogo de poucas finalizações e muitos erros de passes. O Atlético-PR se manteve no G-4 embora tenha perdido a terceira colocação para o Botafogo. O resultado foi muito ruim para o Corinthians (10º colocado), que pode se aproximar da zona do rebaixamento já no próximo domingo caso não vença o arquirrival São Paulo, no Morumbi. Inclusive o Tricolor pode vir a ultrapassar o Timão na tabela, desde que conquiste os três pontos. Os são paulinos entrarão em campo motivados após a vitória sobre o líder Cruzeiro, no Mineirão.