quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lucas e Pato perdem espaço na Seleção Brasileira. Willian e Robinho ganham chance

O técnico Luiz Felipe Scolari divulgou no início da tarde dessa quinta-feira a lista dos 22 convocados para os dois últimos amistosos do ano contra Honduras (16 de novembro - Miami/EUA) e Chile (19 de novembro - Toronto/CAN).

Ficou mais do que claro que Lucas, o queridinho da mídia e de milhares de torcedores, e Alexandre Pato, o pseudo-craque, perderam espaço no time após as fracas exibições nos amistosos contra Coreia do Sul e Zâmbia, em outubro. Arrisco a dizer que ambos jogaram no lixo as chances de disputarem a Copa do Mundo em 2014. Em contrapartida, o meia Willian, do Chelsea e o atacante Robinho, do Milan, vão ter a suas primeiras chances com Felipão.

         Robinho em ação na Copa do Mundo de 2010. Crédito foto: Nike/Futebol

Willian merecia já há algum tempo a convocação. Trata-se de um ótimo meia, que fez sucesso no Shakhtar Donetsk e que vem atuando bem pelo Chelsea, o seu novo clube. Chega para um setor carente. É bom lembrar que o treinador estava levando apenas um meia de ofício.

Não daria chance a Robinho, que vive altos e baixos no Milan. Entendo que o atacante Diego Tardelli merecia oportunidade. O atleticano é um dos melhores atletas brasileiros em 2013. Fez uma Copa Libertadores brilhante e vem tendo boas atuações no Campeonato Brasileiro. Evoluiu muito desde que retornou ao Brasil. Sabe armar as jogadas e chega com muita qualidade ao ataque.

Felipão chamou Robinho com intuito de aumentar a experiência do grupo, já que o veterano Fred está lesionado, o que evidencia a falta de opções para o setor. Atletas que seriam titulares em outras épocas também não se encontram em boa fase, casos de Luis Fabiano, Leandro Damião. Diego Costa, do Atlético de Madrid havia sido convocado com antecedência, porém renunciou e optou por defender a Espanha.

Crescem assim as chances de Robinho disputar a sua terceira Copa do Mundo seguida, o que seria um grande feito para um atleta de 29 anos.

Outra boa novidade é a convocação do jovem zagueiro Marquinhos, que iniciou muito bem a sua passagem pelo Paris Saint-Germain. O ex-corintiano vinha sendo cotado para defender a Seleção de Portugal. Felizmente, Felipão deu a primeira oportunidade ao jogador. Marquinhos é um zagueiro técnico e que tem ótima noção de cobertura.

LISTA DOS 22 CONVOCADOS

Goleiros:

Julio Cesar - Queens Park Rangers

Victor - Atlético Mineiro

Zagueiros:

David Luiz - Chelsea

Dante - Bayern de Munique

Thiago Silva - Paris Saint Germain

Marquinhos - Paris Saint Germain

Laterais:

Daniel Alves - Barcelona

Maicon  - Roma

Marcelo - Real Madrid

Maxwell - Paris Saint Germain

Meio-campo

Lucas Leiva - Liverpool

Hernanes - Lazio

Luiz Gustavo - Wolfsburg

Paulinho - Tottenham Hotspur

Meia/atacantes

Ramires - Chelsea

Oscar - Chelsea

Jô - Atlético Mineiro

Robinho - Milan

Hulk - Zenit

Bernard - Shakhtar Donetsk

Willian - Chelsea

Neymar - Barcelona

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

São Paulo quase se complica no Morumbi, mas zagueirão põe o time em vantagem nas quartas da Sul-Americana

O São Paulo encontrou muitas dificuldades diante do Atlético Nacional, da Colômbia, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana, no Morumbi. Tudo se encaminhava para um empate em 2 a 2, até que aos 45 minutos do segundo tempo, o zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, estufou as redes do goleiro Armani e garantiu a vitória. O camisa 4 já havia marcado o segundo gol são paulino na partida.

                                          crédito foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Com o triunfo por 3 a 2, o Tricolor joga por qualquer empate na próxima quarta-feira, em Medellín, para avançar à semifinal da competição.

O Atlético Nacional surpreendeu os anfitriões com forte marcação. No entanto, o São Paulo não demorou a abrir o placar. Jadson furou a retranca colombiana aos 14 minutos com forte arremate, encobrindo o goleiro. Um golaço! O time colombiano se arriscava pouco ao ataque. O Tricolor poderia ter ampliado o placar aos 35 minutos. Maicon carregou a bola pelo meio de campo, e deixou Aloísio em boas condições para marcar. O atacante tirou o goleiro da jogada, mas Nájera evitou o gol.

E não é que o Atlético conseguiu empatar logo em sua única chegada perigosa no primeiro tempo? E contou com ajuda do são paulino Rodrigo Caio, que perdeu a bola para Cárdenas. O meia só tocou para Uribe correr para o abraço aos 39 minutos. Um falha bisonha do jovem zagueiro. Logo em seguida, o inoperante Luis Fabiano deu lugar a Ademilson, que contou com o apoio do torcedor.

O gol no final do primeiro tempo deu mais moral aos visitantes, que voltaram mais ofensivos na etapa final, imprimindo forte marcação na saída de bola são paulina. Aos 7 minutos, os jogadores do Atlético reclamaram de pênalti de Paulo Miranda em Uribe. Realmente a infração aconteceu. O zagueiro puxou o atacante dentro da área. O peruano Victor Carrillo não viu. Três minutos depois, Uribe, o melhor colombiano em campo, recebeu de Cárdenas e bateu cruzado para fora, assustando Rogério Ceni.

O São Paulo demorou a encontrar o seu futebol. Quando a torcida já dava sinais de impaciência, o Tricolor chegou ao segundo gol. Aos 27, Douglas bateu escanteio, Rodrigo Caio desviou e Antônio Carlos, de cabeça, completou para a rede.

A comemoração durou pouco. Aos 33, o sistema defensivo voltou a falhar. Antônio Carlos perdeu a bola no meio de campo, Duque ganhou na corrida de Paulo Miranda e só tocou na saída de Rogério Ceni, deixando tudo igual.

O time do São Paulo não desistiu da vitória. E o gol salvador veio aos 45 minutos novamente com o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos (1,84 m), que tem mostrado muito mais faro de gol do que o problemático atacante Luis Fabiano, que depois de tanto tempo afastado por lesão muscular, voltou a ser titular, porém teve atuação apagada. Para sorte são paulina, brilhou a estrela do camisa 4, que desembarcou no Morumbi há pouco tempo, após defender as cores do Botafogo. Ele acabou se redimindo do erro no segundo gol adversário.

Para continuar na briga pelo bicampeonato da Sul-Americana, o São Paulo terá que corrigir os seus erros defensivos. O Atlético Nacional mostrou-se um time ajeitadinho na defesa e forte nos contragolpes. No entanto creio que não resistirá a superioridade técnica brasileira na semana que vem.





domingo, 27 de outubro de 2013

Não faltam emoções na parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro...

O campeão e o G-4 do Campeonato Brasileiro já estão praticamente definidos. O Cruzeiro é o virtual campeão e dificilmente Botafogo, Grêmio e Atlético-PR ficarão de fora das quatro primeiras colocações. Mas engana-se quem diz que o torneio perdeu a graça. Ao contrário da parte de cima da tabela, não falta emoção lá embaixo. A disputa contra o rebaixamento à série B é intensa.

A matemática ainda não confirma, mas o Náutico é o primeiro rebaixado. O Timbu é o lanterna com apenas 17 pontos e terminou a 31ª rodada a 19 pontos do Fluminense, o primeiro fora do G-4.

O Criciúma caminha a passos largos para retornar à segunda divisão. Com três derrotas seguidas, os catarinenses amargam a 19ª colocação com 32 pontos ganhos. O time precisará de uma sequência de vitórias nas sete rodadas finais para escapar da degola. Algo difícil de acontecer. Afinal falta qualidade ao Tigre.

O Vasco segue o seu calvário na elite e pode conhecer o seu segundo rebaixamento na história. Com a derrota de virada para a Ponte Preta, no último domingo, o Gigante da Colina caiu para a 18ª colocação com apenas 33 pontos ganhos. Além dos resultados não virem dentro de campo, o clube está mergulhado numa grande crise financeira com salários de funcionários atrasados.

Mesmo ocupando o Z-4, a Ponte Preta tem dado sinais que pode escapar da degola. Os campineiros não perdem a três rodadas (duas vitórias e um empate). Na 31ª rodada obtiveram um feito improvável. A poucos minutos do final do jogo contra o Vasco, a Macaca conseguiu virar o placar com gols de Adrianinho e Uendel, e subiu para a 17ª colocação. Aliás que semana fantástica viveu o time dirigido por Jorginho, que na última terça-feira foi à Colômbia e garantiu a classificação às quartas de final da Copa Sul-Americana, onde vai pegar o tradicional Vélez Sarfield.

                                      crédito foto: PontePress/Guilherme Dorigatti

Fluminense (16º colocado / 36 pontos), Bahia (15º / 37 pontos), Portuguesa (14 º/ 39 pontos), Coritiba (13º / 40 pontos), Corinthians (12º / 41 pontos) e Flamengo (11º / 41 pontos) ainda não se livraram dos riscos de queda.

Atual campeão brasileiro, o Fluminense terminou a rodada do final de semana somente três pontos a frente do Z-4. Já imaginou Flu e Vasco na série B em 2014? Esse cenário já não é tão improvável de ser concretizado.

Boa sorte a quem está lutando contra as últimas posições na tabela!!!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dida brilha na classificação do Grêmio à semifinal da Copa do Brasil. O irresponsável Pato é o vilão da eliminação corintiana

O Grêmio precisou das penalidades para avançar à semifinal da Copa do Brasil após um empate sem gols no tempo normal diante de um Corinthians extremamente cauteloso, em Porto Alegre (na ida, no Pacaembu, também houve 0 a 0). Pará, Elano e Kléber converteram as cobranças do Tricolor Gaúcho (3 a 2). Romarinho e Alessandro descontaram para o Timão.

O irresponsável Alexandre Pato tentou a cavadinha na última cobrança, Dida defendeu com tranquilidade e botou os gaúchos na próxima fase do torneio. O experiente goleiro já havia defendido cobranças de Danilo e Edenilson.



O jogo

Sob o apoio irrestrito de sua torcida, o Grêmio dominou o Corinthians na maior parte dos 90 minutos com forte marcação sob pressão. No primeiro tempo, o Timão finalizou apenas uma vez em direção ao gol. Dida espalmou chute de Douglas. Muito pouco para as tradições do clube. O meio de campo corintiano mostrou muita dificuldade em fazer a ligação com o ataque. Ralf, Guilherme, Edenilson e Douglas abusaram dos erros de passe.

Por outro lado, o Grêmio criou mais chances, principalmente pelo lado direito do campo. Kléber aproveitou-se da fragilidade defensiva de Fábio Santos para incomodar o goleiro Walter. Na primeira oportunidade, ele bateu para boa defesa do arqueiro. No rebote, de frente para o gol, o chileno Vargas chutou para longe.

No segundo tempo, o Grêmio intensificou a pressão em busca do gol que lhe daria a classificação ainda no tempo normal. Barcos, livre de marcação, cabeceou para grande defesa de Walter.  O Corinthians só assustou em cobrança de falta de Emerson Sheik aos 30 minutos. A bola passou perto da trave.

Aos 37 minutos, os anfitriões perderam chance incrível para sair em vantagem. Vargas, dentro da grande área, finalizou na trave. Nos minutos finais, Vargas e Emerson Sheik se desentenderam e foram expulsos pelo árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra.

O Grêmio merecia a vitória e consequentemente a classificação no tempo normal. Teve muito mais volume de jogo diante de um adversário, que chegou muito pouco ao ataque. Contudo, o empate sem gols acabou prevalecendo.

Nas penalidades, o Grêmio enfim comprovou a superioridade e bateu os paulistas por 3 a 2. Dida pegou três cobranças. O rival Walter defendeu batida de Barcos.

O Imortal agora pegará o Atlético-PR na semifinal da Copa do Brasil. O Furacão eliminou o Internacional, em Curitiba.

Com a eliminação, o Corinthians sepultou suas chances de jogar a Copa Libertadores de 2014, o que é um desastre para um clube que investiu pesado em seu elenco. É inadmissível que um atacante, que custou 40 milhões de reais, brinque em sua cobrança de pênalti diante do gigante Dida, um dos melhores goleiros da história do futebol brasileiro.

O Timão agora concentra suas forças apenas no Campeonato Brasileiro, onde é apenas o 12º colocado e corre risco considerável de queda à série B. Domingo, o alvinegro medirá forças contra o Santos, em Araraquara.


domingo, 20 de outubro de 2013

Curtinhas da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro: A "oscilação" do líder Cruzeiro, a surpresa Goiás, a evolução são paulina

*** Demorou, mas o Cruzeiro, assim como todo o time que disputa o longo Campeonato Brasileiro, começou a oscilar. Nas últimas quatro rodadas, o líder sofreu três derrotas, a última delas para o Coritiba (2 a 1), que luta contra a degola. Nada que cause tantas preocupações. Afinal os mineiros ainda têm gordura para queimar nas oito rodadas restantes. Estão nove pontos a frente do vice-líder Grêmio. O título continua muito perto.

*** O Goiás é uma das gratas surpresas no Brasileirão. Ninguém botava fé nos esmeraldinos, que retornaram à elite em 2013. O time comandado por Enderson Moreira vem fazendo uma campanha muito boa e pode beliscar uma vaga na Copa Libertadores 2014. No último domingo, os goianos enfiaram 3 a 0 no Atlético-PR e pularam para a quinta colocação, ficando a quatro pontos do G-4.  O bom momento tem a ver com o atacante Walter, artilheiro com 12 gols. O gordinho tem feito cada gol bonito. Imagine se estivesse magro. Certamente estaria brigando por uma vaga na Seleção Brasileira.

                                            crédito foto: site oficial do Goiás

*** O São Paulo frequentou a zona do rebaixamento em boa parte do primeiro turno. Bastou Muricy Ramalho reassumir o comando técnico para que o time subisse de produção e se afastasse das últimas colocações. Com a vitória sobre o Bahia (1 a 0), o Tricolor, que atuou em boa parte do jogo com dois homens a menos (Denilson e Maicon foram expulsos), pulou para a 10ª colocação. Pegando apenas o segundo turno como parâmetro, o time tem a melhor campanha ao lado do Cruzeiro. O futebol são paulino melhorou bastante em relação as rodadas anteriores. Muricy acertou o posicionamento da defesa. Os jogadores melhoraram o toque de bola e passaram a buscar o ataque com mais frequência.

*** Tivemos dois grandes clássicos na rodada: Internacional x Grêmio e Botafogo x Vasco. Ambos terminaram empatados em 2 a 2. No Grenal, o resultado foi melhor para o vice-líder Grêmio, que ainda tem alguma esperança na conquista do título. O Colorado caiu para a nona colocação e ficou mais longe do G-4. No Rio de Janeiro, o empate não agradou a ambos. O Botafogo levou o empate após abrir 2 a 0 e se manteve na quarta colocação. Mesmo com a reação, o Vasco seguiu na zona do rebaixamento.

*** O torcedor corintiano respirou aliviado no último sábado com a suada vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, em Itu. Com o gol de Alexandre Pato, o time quebrou a sequência de quatro jogos sem vencer e abriu sete pontos para a temida zona do rebaixamento. O futebol alvinegro não foi dos melhores, mas quando a fase não é boa o que importa são os três pontos. O resultado deu mais tranquilidade ao técnico Tite, que vinha tendo o seu trabalho contestado no Parque São Jorge.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O bom senso prevaleceu e a diretoria corintiana manteve Tite

O principal assunto da última quinta-feira foi a possibilidade da saída do técnico Tite do Corinthians devido a sequência de resultados negativos no Campeonato Brasileiro, que aproximaram o time da temida zona do rebaixamento. Alguns colegas da imprensa bancaram a sua saída, porém no final do dia a diretoria do clube garantiu a permanência. Para o diretor de futebol Roberto de Andrade, a demissão do treinador não foi colocada em pauta.

O bom senso acabou prevalecendo. A direção acertou em manter Tite no comando mesmo com o treinador não vivendo bom momento no Timão e não tendo humildade para reconhecer seus erros. Não fazia sentido em dispensar o técnico mais vitorioso da história corintiana faltando pouco mais de dois meses para o final do vínculo contratual. No entanto se fosse dirigente do clube não prolongaria o acordo para o bem das duas partes. Claramente desgastado no Parque São Jorge, Tite merece respirar novos ares em 2014. Por outro lado, o Corinthians deveria apostar num técnico da nova geração como Cristóvão Borges (Bahia) ou Enderson Moreira (Goiás).

O elenco precisa ser reformulado para a próxima temporada. Vejo muitos jogadores que não estão rendendo mais depois de tantas conquistas nos últimos anos, casos do lateral Alessandro e dos meias Danilo e Douglas, que estão sentindo os efeitos da idade avançada. Alessandro já comunicou que pendurará as chuteiras após o final do Campeonato Brasileiro e deve ocupar um cargo diretivo. Manteria Danilo e Douglas apenas para comporem o elenco. Ambos não têm mais condições de terem uma sequência como titulares. O Corinthians precisa de sangue novo no meio de campo. Os meio-campistas Ibson e Maldonado, que chegaram no decorrer da temporada, em nada acrescentaram e deveriam ser dispensados.

O setor ofensivo também merece cuidados especiais da diretoria. Pasmem! Nas últimas dez rodadas do Brasileirão, o Timão balançou as redes apenas três vezes, o que é inadmissível. O Timão deveria ir atrás de um novo centroavante para disputar posição com Guerrero, que convive com problemas físicos. Romarinho e Emerson Sheik nunca foram primores na finalização. Alexandre Pato tem sete gols no campeonato, mas some quando o time mais precisa dele assim não justificando os mais de 40 milhões investidos em seu futebol.

Nesse sábado, o Corinthians pega o desesperado Criciúma, em Itu. Jogo muito importante para o time se distanciar da zona do rebaixamento e poder respirar com mais tranquilidade. Em caso de novo tropeço, a pressão em cima de Tite voltará a ficar grande. Além do Tigre, o alvinegro terá pela frente até o final do campeonato mais quatro adversários que estão na parte de baixo da tabela: Fluminense (casa), Coritiba (fora), Vasco (casa) e Náutico (fora).


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Repórter do SBT entra para o seleto grupo da Literatura Esportiva Brasileira

Mais um mestre da Comunicação entrou para o time da Literatura Esportiva Brasileira. Na noite dessa terça-feira (15 de outubro), no Bar O Torcedor, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, Rodrigo Viana, repórter do SBT e professor de pós-graduação em Jornalismo Esportivo, lançou oficialmente o seu primeiro livro: "A Bola e o Verbo - O Futebol na Crônica Brasileira". Centenas de amigos, familiares vindos diretamente de Araraquara e fãs adquiriram a publicação, e fizeram fila para receber a dedicatória do autor.

Alunos do curso de pós-graduação de Jornalismo Esportivo (FMU). Rodrigo Viana segura a bandeira da Ferroviária de Araraquara, o seu clube de coração


Os repórteres esportivos Roberto Thomé e Gudryan Neufert, ambos da TV Record e Osmar Garrafa, da TV Gazeta, estiveram prestigiando o colega de profissão. Amigo de longa data de Rodrigo, o ex-volante Elzo, que teve passagens por Atlético-MG e Seleção Brasileira, também esteve no evento.

                                O volante Elzo foi titular na Copa do Mundo de 1986

Publicado pela editora Summus, o livro entrelaça três temas bastante caros aos brasileiros: literatura, futebol e jornalismo. Rodrigo descreveu inicialmente o percurso histórico da crônica até ela chegar ao Brasil. Em seguida, demonstrou em que momento sociocultural a crônica específica de futebol tomou vulto, contextualizando o surgimento e a consolidação da imprensa e do esporte futebol no país. Embasado historicamente, partiu para o olhar crítico dos textos produzidos pelos maiores cronistas literários da cena futebolística.

“Eles derrubaram a fronteira entre o jornalismo e a literatura, mesclando crônica e artigo, relato pessoal e análise jornalística, constituindo um caminho para o jornalismo literário”, afirma Viana.

A crônica moderna de futebol se afirmou e se desenvolveu num espaço heterogêneo e continua se aproximando de outros gêneros literários. A diversidade temática, o diálogo com o leitor, a liberdade formal e a peculiar leveza no tratamento dos assuntos consolidaram-se junto com o próprio esporte. Um esporte que se tornou paixão nacional, com uma magnitude que extrapola as quatro linhas do gramado.

Na apresentação da obra, o escritor Ignácio de Loyola Brandão descreve com maestria a sutileza de uma crônica: “Quanto mais simples é a escrita, mais difícil ela é na sua feitura. A simplicidade exige disciplina, talento, aplicação. E essa simplicidade aparente está aqui para decifrar uma coisa que parece simples, no entanto é complexa, o mundo do futebol. Bem-vindo ao mundo do futebol literatura, Rodrigo Viana”.

Que venham mais obras desse universo apaixonante que é o futebol!



FICHA TÉCNICA
Título: A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira
Autor: Rodrigo Viana
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 32,20 (Ebook: R$ 19,90)
Páginas: 80 páginas – 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-323-0919-8
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

domingo, 13 de outubro de 2013

Ataques de Corinthians e São Paulo patinam no Brasileirão e precisam de reforços para a próxima temporada

Corinthians (12º) e São Paulo (15º) estão sofrendo muito mais do que o esperado nesse Campeonato Brasileiro. Apontados por muito especialistas como dois dos postulares ao título brasileiro, os rivais estão bem longe do pelotão de elite e correm riscos de queda à série B. Um dos maiores motivos para a má colocação na tabela é sem dúvida a ineficiência ofensiva.

O Corinthians tem o segundo pior ataque do Brasileirão com apenas 22 gols em 28 rodadas. O São Paulo vem logo atrás com 26.


                                                      crédito foto: Vipcomm

A carência de gols ficou mais uma vez evidente no clássico do último domingo, no Morumbi, válido pela 28ª rodada. São Paulo e Corinthians voltaram a falhar na pontaria e não saíram de um empate em 0 a 0. Impressiona a dificuldade de os jogadores corintianos balançarem as redes. No returno, em nove jogos disputados, a equipe foi às redes adversárias em apenas três oportunidades. São três empates seguidos (Atlético-MG, Atlético-PR e São Paulo). Até o saco de pancadas, o lanterna Náutico fez mais gols do que o alvinegro paulista na segunda metade.

Escalados com frequência nas últimas partidas, Romarinho e Emerson Sheik anotaram apenas três gols. O jovem tem um e o veterano, dois. Romarinho mostra deficiência na finalização e tem se preocupado mais em cavar faltas do que ir em direção ao gol. Emerson Sheik esqueceu o bom futebol na conquista da Copa Libertadores de 2012 e virou um jogador normal e que responde com agressividade qualquer contato do adversário.

O artilheiro do Timão é o atacante Alexandre Pato, que ficou de fora das últimas três rodadas devido a preparação para amistosos com a Seleção Brasileira. Ele tem sete gols no Brasileirão, mas mesmo assim ainda não justificou os 40 milhões de reais investidos nele no início da temporada. O centroavante Guerrero fez cinco gols, mas ficou um longo tempo sem marcar e convive com problemas médicos.

O São Paulo também tem dado calafrios ao seu torcedor. A dificuldade é imensa para acertar o gol adversário. Não fosse o baixo rendimento do ataque, o Tricolor provavelmente estaria brigando pela parte da cima da tabela. Até o goleiro artilheiro Rogério Ceni desaprendeu a marcar gols. Só fez um e desperdiçou quatro cobranças seguidas de pênalti, três delas no Nacional. A última aconteceu justamente contra o rival Corinthians. Um gol naquele momento deixaria os são paulinos mais longe do Z-4 e colocaria maior pressão no adversário.

Apenas três atacantes do elenco fizeram gols (Luis Fabiano, Aloísio e Wellinton). Luis Fabiano é o artilheiro do time com seis tentos, porém não tem conseguido embalar uma sequência de jogos devido a lesões musculares e é questionado por alguns torcedores por não ter bom desempenho em momentos decisivos. Aloísio é o vice-artilheiro com cinco gols. No entanto está longe de ser a solução para os problemas ofensivos. O ex-jogador do Figueirense é raçudo, mas carece de técnica para ir às redes adversárias com mais frequência. Wellinton chegou com o Brasileirão em andamento e ainda não conseguiu cavar espaço entre os titulares. Fez apenas um gol. Osvaldo, que teve um início de ano muito bom, caiu de rendimento e não saiu do zero na competição. Com o jejum, perdeu espaço nas últimas rodadas.

As inscrições de novos jogadores para as últimas dez rodadas do Campeonato Brasileirão estão encerradas. Contudo, as diretorias de Corinthians e São Paulo precisam trabalhar arduamente na contratação de atacantes, visando a próxima temporada. 2014 está logo ali e os torcedores dos dois times não podem continuar sendo maltratados pela incompetência dos homens de frente.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A bola e o verbo - O futebol na crônica brasileira

Com prefácio de Juca Kfouri e apresentação de Ignácio de Loyola Brandão, o livro do jornalista esportivo Rodrigo Viana entrelaça três temas bastante caros aos brasileiros: literatura, futebol e jornalismo. Um verdadeiro clássico.



Quem nunca se deliciou ao ler uma crônica de futebol? Elementos do conto, da poesia, do romance. Uma mistura perfeita para descrever a emoção desse universo apaixonante. Com a proposta de esmiuçar essa narrativa, o jornalista Rodrigo Viana foi buscar no futebol os argumentos para situar a crônica como gênero literário e também jornalístico. Por meio da análise e comparação de textos escritos por craques como Mário de Andrade, Lima Barreto, José Roberto Torero e João Saldanha, ele mostra como a crônica de futebol se instalou na imprensa brasileira e os desdobramentos desse movimento para a nossa literatura e para o jornalismo. O resultado está no livro A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira (80 p., R$ 32,20), lançamento da Summus Editorial. O lançamento acontece no dia 15 de outubro, terça-feira, das 19h às 22h, no Bar O Torcedor – Museu do Futebol (Estádio do Pacaembu, Praça Charles Miller – Loja 1 – São Paulo – SP).

Ao decidir fazer sua dissertação de mestrado, Viana queria, antes de tudo, falar de um “jornalismo humano”. Um jornalismo que trabalha o texto de forma quase artesanal, que dialoga com um leitor imaginário e que o faz vivenciar a emoção de cada palavra. Amante dos gramados desde a infância – foi jogador de futebol antes de cursar jornalismo –, ele não precisou de muita pesquisa para encontrar seu objeto de estudo. “As crônicas de futebol já faziam parte da minha vida. Mergulhar nesse mundo, onde o jornalismo se aproxima da literatura, era um desafio épico, que enfrentei como missão”, diz o autor.

Para entrar nesse universo tão simples e tão complexo ao mesmo tempo, o jornalista descreveu inicialmente o percurso histórico da crônica até ela chegar ao Brasil. Em seguida, demonstrou em que momento sociocultural a crônica específica de futebol tomou vulto, contextualizando o surgimento e a consolidação da imprensa e do esporte futebol no país. Embasado historicamente, partiu para o olhar crítico dos textos produzidos pelos maiores cronistas literários da cena futebolística.

“Eles derrubaram a fronteira entre o jornalismo e a literatura, mesclando crônica e artigo, relato pessoal e análise jornalística, constituindo um caminho para o jornalismo literário”, afirma Viana.

A crônica moderna de futebol se afirmou e se desenvolveu num espaço heterogêneo e continua se aproximando de outros gêneros literários. A diversidade temática, o diálogo com o leitor, a liberdade formal e a peculiar leveza no tratamento dos assuntos consolidaram-se junto com o próprio esporte. Um esporte que se tornou paixão nacional, com uma magnitude que extrapola as quatro linhas do gramado.

Na apresentação da obra, o escritor Ignácio de Loyola Brandão descreve com maestria a sutileza de uma crônica: “Quanto mais simples é a escrita, mais difícil ela é na sua feitura. A simplicidade exige disciplina, talento, aplicação. E essa simplicidade aparente está aqui para decifrar uma coisa que parece simples, no entanto é complexa, o mundo do futebol. Bem-vindo ao mundo do futebol literatura, Rodrigo Viana”.

O autor

Rodrigo Viana nasceu em Ilha Solteira (SP), mas adotou Araraquara (SP) como cidade natal. Jornalista e mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é professor de pós-graduação em Jornalismo Esportivo. Repórter do SBT e colunista da revista Imprensa, ministra palestras, oficinas e workshops em parceria com a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Criador do FutCiência – grupo de estudos dentro da Universidade do Futebol – também é membro do Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol. Em mais de 15 anos de carreira, rodou o mundo atrás de boas histórias: em 2012, viajou para o Japão e acompanhou a saga do título mundial do Corinthians. Seguindo a linha investigativa no esporte, denunciou o esquema de venda de ingressos pela segurança da Fifa na Copa das Confederações, ocorrida em junho de 2013 no Brasil. É apaixonado pela Ferroviária de Araraquara, time em que jogou nas categorias de base.

Título: A bola e o verbo – O futebol na crônica brasileira
Autor: Rodrigo Viana
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 32,20 (Ebook: R$ 19,90)
Páginas: 80 páginas – 14 x 21 cm
ISBN: 978-85-323-0919-8
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

Mais informações com Ana Paula Alencar
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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Com a série B no papo, como anda o planejamento do Palmeiras para 2014?

O Palmeiras está muito perto de sacramentar o retorno à elite do futebol brasileiro. O acesso pode vir ainda no mês de outubro. Faltando apenas 10 rodadas para o final da série B, o Verdão tem 17 pontos a frente do quinto colocado, o Paraná.

A tranquilidade na fraca série B permite ao Palmeiras antecipar o planejamento para 2014, o ano do centenário do clube. No entanto não consigo ver um empenho entre os dirigentes palestrinos para que o clube entre na próxima temporada com boas possibilidades de conquistas.

Para começar, a diretoria ainda não definiu quem será o treinador em 2014. Gilson Kleina tem contrato até o final de dezembro de 2013, e não há garantia de que terá seu vínculo prorrogado. Vanderlei Luxemburgo, que hoje treina o Fluminense, tem a simpatia de alguns cartolas e pode pintar  no centenário. Confesso que seria um erro apostar no retorno de Luxa, que há um bom tempo não realiza um trabalho convincente. A relação custo benefício é ruim. Hoje, o badalado treinador ganha muito e faz pouco. Não é nem sombra daquele profissional competente da década de 90.

O mais sensato seria a manutenção de Gilson Kleina no comando, já que há poucas opções interessantes no mercado. Kleina conhece bem o grupo e vem fazendo um trabalho satisfatório, embora tenha sofrido com eliminações na semifinal do Campeonato Paulista, e nas oitavas de finais da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.

                                                   crédito foto: Arena

Outro ponto que preocupa é o excesso de jogadores, que terão contratos encerrados em dezembro de 2013. São 13 no total: o goleiro Bruno, os zagueiros Vilson e André Luiz, o lateral Fernandinho, os volantes Charles, Márcio Araújo, Marcelo Oliveira, Léo Gago e Wendel; os meias Ronny, Rhondinelly e os atacantes Ananias e Leandro. Desses, Vilson, Charles, Márcio Araújo, Ananias e Leandro são os mais aproveitados por Kleina. Creio que a diretoria deveria fazer um esforço para ampliar o vínculo desses cinco últimos atletas, que mostraram potencial. Com exceção a Márcio Araújo, os outros atletas estão emprestados por Grêmio (Vilson e Leandro) e Cruzeiro (Charles e Ananias).

O Palmeiras também pode perder a revelação Luis Felipe para o Benfica, de Portugal. Após vários empréstimos para clubes do interior paulista, o jovem retornou ao clube para a disputa da série B e conquistou a titularidade na lateral-direita. Luis Felipe mostrou qualidade no apoio. O contrato dele com o alviverde vai até março de 2014 e desde já  pode assinar um pré contrato com outro clube.

A tendência é que o Palmeiras perca um número considerável de jogadores para a próxima temporada. Portanto a diretoria deverá ir atrás de bons jogadores. A cobrança da torcida será imensa. Ninguém admitirá um centenário frustrante.






quarta-feira, 9 de outubro de 2013

EmpaTITE segue a todo vapor no Corinthians

O Corinthians, de Tite, voltou a apresentar ausência de criatividade no meio de campo e no ataque, e diante do Atlético-PR, em Mogi Mirim, conheceu a 12ª igualdade no Campeonato Brasileiro (a sétima sem gols). O empate em 0 a 0 deixou o time mais perto da zona do rebaixamento do que do G-4. A diferença do Timão para o Vasco, 17ª colocado, caiu para perigosos quatro pontos. Para a zona de Libertadores, a diferença aumentou em nove pontos.



O primeiro tempo foi muito fraco tecnicamente. Apesar de ser o visitante, o Atlético-PR foi melhor nos 45 minutos iniciais. O time comandado por Vagner Mancini mostrou muita consistência defensiva e não deu liberdade aos meias corintianos. Esteve mais presente no campo de ataque, embora não tenha criado muitas chances de perigo.

O Furacão teve grande oportunidade de ir ao intervalo com a vitória parcial. Aos 36 minutos, após cobrança de escanteio, Manoel subiu mais alto do que os defensores adversários e carimbou o travessão.

O Corinthians só foi chegar com perigo aos 38 minutos em jogada individual de Edenilson, que bateu para fora. Muito pouco para um time que ainda sonha com vôos mais altos na competição e que tem um dos elencos mais caros do país.

Na volta do intervalo, Tite trocou o apagado Douglas por Rodriguinho. O Corinthians melhorou um pouco. Aos 9 minutos, Romarinho disparou pelo meio, invadiu a área e chutou em cima de Weverton. No entanto no decorrer do segundo tempo, o Corinthians voltou a ter imensas dificuldades na criação de jogadas.

Tite ainda trocou Romarinho e Danilo respectivamente por Paulo Victor e Diego Macedo. As trocas não deram resultado.

Aos 32, o Timão deu a sua última finalização na partida. Da entrada da área, Rodriguinho arriscou o chute e Weverton mandou para escanteio.

Nos minutos finais, o Atlético-PR foi mais perigoso e esteve perto de voltar para Curitiba com os três pontos na bagagem, porém Cássio trabalhou bem em duas batidas de João Paulo.

O empate sem gols acabou sendo justo num jogo de poucas finalizações e muitos erros de passes. O Atlético-PR se manteve no G-4 embora tenha perdido a terceira colocação para o Botafogo. O resultado foi muito ruim para o Corinthians (10º colocado), que pode se aproximar da zona do rebaixamento já no próximo domingo caso não vença o arquirrival São Paulo, no Morumbi. Inclusive o Tricolor pode vir a ultrapassar o Timão na tabela, desde que conquiste os três pontos. Os são paulinos entrarão em campo motivados após a vitória sobre o líder Cruzeiro, no Mineirão.





domingo, 6 de outubro de 2013

Portuguesa tem a segunda melhor campanha do returno do Campeonato Brasileiro

Antes de o Campeonato Brasileiro começar, a Portuguesa foi apontada por muitos analistas como uma das favoritas ao rebaixamento à série B. Este blogueiro, que vos escreve, era um deles. Tudo indicava que as previsões seriam confirmadas. No primeiro turno, a Lusa passou a maior parte do tempo no Z-4.

O treinador Edson Pimenta não resistiu aos maus resultados e perdeu o emprego ao final da nona rodada. O ex-ponte-pretano Guto Ferreira assumiu o cargo e teve muita dificuldade no início de trabalho. A Lusa jogava até que bem, mas acabava sofrendo derrotas, muitas delas com gols tomados nos últimos minutos. Até um psicólogo veio a ser contratado pela diretoria.

                           crédito foto: Ricardo Matsukawa/Terra

Ao contrário das expectativas, a Portuguesa iniciou uma reação fantástica no returno. Hoje tem a segunda melhor campanha (cinco vitórias e duas derrotas), perdendo apenas para o líder Cruzeiro. Com a sequência de bons resultados, a equipe de Guto Ferreira saltou para a 10ª colocação. Com a grande vitória sobre o Santos (3 a 0), no último domingo, no Canindé, a Lusa abriu seis pontos de diferença para o Vasco, o primeiro clube dentro do Z-4 e mostrou que as feridas da goleada sofrida para o Cruzeiro (4 a 0), na última quarta-feira, no Mineirão, foram rapidamente cicatrizadas.

A Portuguesa está longe de ter um grande esquadrão. O bom técnico Guto Ferreira não conta com grandes estrelas em seu plantel, porém conseguiu montar um time obediente taticamente e que não teme os grandes adversários. No final de semana passada, a Lusa havia humilhado nada menos do que o atual campeão mundial, o Corinthians, em Campo Grande.

Destaco também a força psicológica dos jogadores. Mérito ao profissional contratado no final de agosto. O time parou de sofrer gols no apagar das luzes.

O veterano meia Souza é um dos grandes destaques da recuperação lusitana, quase sempre dando bons passes e deixando os companheiros na cara do gol.

O centroavante Gilberto também merece elogios. Contratado por empréstimo junto ao Internacional com a competição em andamento, o jogador vem correspondendo em campo com gols importantes, assumindo a vice-artilharia do Nacional com 13 gols - cinco deles foram contra Corinthians e Santos. Antes de o atacante desembarcar no Canindé, o clube chegou a ostentar a marca de pior ataque da competição. O panorama se alterou e hoje a Lusa só não tem mais gols do que Cruzeiro e Atlético-PR.

A trajetória de Gilberto é muito parecida com a de Bruno Mineiro, que em 2012 não parou de fazer gols pela Lusa. Na época, o atacante estava emprestado pelo Atlético-PR.

Faltam apenas 12 rodadas para o encerramento do Campeonato Brasileiro e é bem provável que o torcedor lusitano não passe mais sofrimento em 2013.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Alívio no Parque São Jorge: Jogadores lutam e Corinthians quebra longo jejum no Campeonato Brasileiro

A agonia corintiana teve fim na noite dessa quarta-feira. Depois de oito jogos sem vencer, sete deles pelo Campeonato Brasileiro, o Corinthians voltou a somar três pontos diante do Bahia (2 a 0), em Mogi Mirim, subindo para a nona colocação do Brasileirão. O resultado aliviou a crise que rondava o Parque São Jorge.


                               crédito foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

Não foi uma atuação brilhante do Timão, mas ao contrário dos últimos jogos, os jogadores lutaram do começo ao fim. A cobrança interna após a humilhante goleada para a Portuguesa, no domingo, deu resultado.

Desde o apito inicial, o Corinthians mostrou que estava muito disposto a quebrar o incômodo jejum. Com um minuto, Alexandre Pato cobrou falta com perigo, a bola desviou na barreira e triscou na trave antes de ir para a linha de fundo. Na sequência, Guerrero, aproveitando cobrança de escanteio, mandou de calcanhar para fora.

O primeiro gol não demorou a sair. Aos 20, Emerson Sheik bateu escanteio, Guilherme desviou e Guerrero, de cabeça, emendou para a rede. O Timão seguiu em busca do segundo gol, que veio aos 41 minutos com o estreante da noite. Em nova jogada aérea, o zagueiro Cléber, subiu mais alto dos que os defensores do Tricolor de Aço e testou para o gol de Marcelo Lomba.

O segundo tempo foi morno. O Bahia seguiu não ameaçando o adversário e o Corinthians reduziu o ímpeto ofensivo. Mesmo assim o mandante teve chances para ampliar. Em rápido contra-ataque, Romarinho deixou Alexandre Pato em boa situação, porém o camisa 7 finalizou muito mal.

O Corinthians administrou os 2 a 0 até o apito final e pôde voltar com mais tranquilidade para São Paulo.

Pitacos

*** O zagueiro Cléber teve uma estreia que jamais esquecerá. Além de ter feito um dos gols, mostrou bom senso de cobertura e deu poucos espaços aos atacantes do Bahia. Seu companheiro Felipe também atuou com segurança.

*** Émerson Sheik voltou a falhar nas finalizações, mas dessa vez teve participação nos dois gols. Saiu aplaudido nos minutos finais para a entrada de Romarinho.

*** Guerrero pouco apareceu em campo, mas foi cirúrgico numa de suas raras oportunidades de gols.

*** Recuperado de lesão, que o deixou mais de um mês longe dos gramados, o volante Guilherme fez bons desarmes e apoiou com qualidade ao ataque, dando a assistência para o gol de Cléber.

*** Fiquei decepcionado com a postura do Bahia, em Mogi Mirim. O time pouco atacou o Corinthians. Nem as alterações feitas por Cristóvão Borges surtiram algum efeito.

*** Acredito que o triunfo dê mais moral ao Corinthians, que no próximo domingo terá uma árdua missão: derrotar o Atlético-MG, na Arena Independência. Apenas o Atlético-PR foi capaz de superar o adversário desde a reinauguração do estádio no primeiro semestre de 2012.