Zebra passou pelo Pacaembu: Ituano eliminou o Palmeiras e fará a final do Paulistão contra o favorito Santos

O modesto Ituano aprontou em cima do Palmeiras, no Pacaembu. Com gol do ex-corintiano Marcelinho nos minutos finais da partida, o time do interior paulista eliminou o tradicional adversário, que completa 100 anos em 2014, e avançou à final do Paulista contra o Santos.

                                                     foto: divulgação

O Galo de Itu mereceu a vaga na decisão. Dentro de suas limitações técnicas, conseguiu neutralizar os pontos fortes do Verdão, que teve uma noite para ser esquecida. O time de Gilson Kleina vacilou demais na saída de bola e errou passes em demasia. Para piorar, perdeu os seus melhores jogadores: o atacante Alan Kardec e o goleiro Fernando Prass, ambos com lesões musculares. O primeiro foi substituído no início do primeiro tempo e o segundo nem voltou do intervalo.

O Ituano montou forte bloqueio defensivo - às vezes abusou da truculência, e contou com a ótima atuação de seu goleiro Vágner, autor de quatro grandes defesas.  Nos minutos finais, num de seus raros ataques, chegou ao gol da classificação com Marcelinho, que havia acabado de sair do banco de reservas. O atacante Rafael Silva deu trabalho à defesa alviverde, sobretudo em contra-ataques.

Nos próximos dois domingos, o Ituano tentará continuar escrevendo a sua história de superação diante do forte Santos. A Federação Paulista de Futebol definiu que os dois jogos serão no Pacaembu.

Não acredito que time do interior paulista imporá dificuldades contra o Santos, de Cícero, Geuvânio e cia. A diferença técnica entre os dois postulantes ao título é absurda. O Ituano é um dos piores finalistas dos últimos anos do Estadual, inferior a Santo André e Guarani, os dois últimos intrusos em decisões. Inacreditável como o Palmeiras, que teve a segunda melhor campanha da fase de grupos, não conseguiu superá-lo diante de 30 mil torcedores a favor.

Santos é o favorito a faturar o Campeonato Paulista

Tudo indica que o Santos obterá nas próximas semanas a sua 21ª conquista no Campeonato Paulista. É o time que vem desempenhando o melhor futebol na atual edição. Obteve a melhor campanha na primeira fase e iniciou o mata-mata com goleada sobre a Ponte Preta (4 a 0), carimbando assim o passaporte à semifinal do Estadual. A surpresa Penapolense, que eliminou o São Paulo, em pleno Morumbi será o adversário no próximo domingo. Não creio que a zebra voltará aparecer na Vila Belmiro. O Santos deve passar sem maiores sustos pela Pantera do Noroeste, e chegar à sua sexta final consecutiva no Campeonato Paulista.

Palmeiras e Ituano disputarão quem será o outro finalista, também no domingo, no Pacaembu, com amplo favoritismo ao Verdão. O alviverde tem exibido bom futebol, mas está atrás do rival em questões técnicas.

Impressiona a ofensividade do Peixe, dos meninos Geuvânio e Gabriel (foto). Foram feitos 43 gols em 16 jogos - desses, 5 por goleada. Ao contrário da maioria dos times brasileiros, o alvinegro da Vila Belmiro não se contenta com o placar mínimo. Abre o placar e continua a sua busca por mais gols.

Oswaldo de Oliveira encontrou um sistema de jogo muito interessante. A equipe consegue ter intensidade em boa parte dos 90 minutos. Há de ser destacado o ótimo momento vivido pelo treinador, que já havia feito trabalho competente pelo Botafogo em 2012 e 2013. O carioca evoluiu bastante desde a experiência de quatro temporadas (2007 a 2011) no Kashima Antlers, do Japão.

O meio de campo santista possui volantes, que além de marcarem com eficiência, têm vocação ofensiva, casos de Arouca e Cícero. O primeiro, que havia feito temporada decepcionante em 2013, parece ter reencontrado a melhor forma. Cícero continua reeditando as boas atuações da temporada passada e já se destaca na artilharia com 7 gols marcados.

O atacante Geuvânio merece um capítulo à parte. Há alguns meses poucos davam valor ao sergipano. Cria da base santista, o jovem subiu aos profissionais em 2012. Sem espaço com Muricy Ramalho, ele foi emprestado ao Penapolense para a disputa do Campeonato Paulista de 2013. Foi reserva em boa parte da campanha. Voltou ao clube da Vila Belmiro, ganhou moral com o até então comandante Claudinei Oliveira e recebeu algumas oportunidades no final da temporada. Mas foi com Oswaldo de Oliveira, que ele está vivendo o grande momento da carreira.

Com rapidez e habilidade, Geuvânio tem entortado as defesas adversárias e deixado os goleiros com os cabelos em pé. O camisa 10 é o maior garçom do Campeonato Paulista com 10 assistências e briga pelo topo da artilharia - 7 gols, exatamente o mesmo número do companheiro Cícero. O artilheiro do campeonato é o palmeirense Alan Kardec (9 gols).

É cedo para dizer se o jogador de apenas 21 anos terá sucesso no decorrer da carreira. Afinal, até agora, ele teve apenas o frágil Campeonato Paulista para mostrar o seu valor. Mas não dá para negar que seus números são surpreendentes.

Outro atacante, o já mais experiente Thiago Ribeiro também merece destaque pela sua obediência tática. Ataca com qualidade e ajuda na marcação quando o Peixe é atacado.

O centroavante Leandro Damião, a contratação mais cara da história do Santos, demorou a se adaptar, mas começa dar sinais que poderá se tornar mais um ídolo da torcida. Contra a Ponte, na última quarta-feira, ele deu uma assistência cinematográfica de bicicleta para Geuvânio deixar a sua marca. Participou ativamente do jogo com muitas finalizações.

Mas nem tudo são flores. Se por um lado, o ataque encanta, por outro o sistema defensivo ainda provoca calafrios entre os torcedores. O setor precisa de ajustes e Oswaldo de Oliveira tem trabalhado nessa questão. Encontrar o equilíbrio entre ataque e defesa é fundamental.

É bom lembrar que o Santos não tem contado com os zagueiros Edu Dracena e Gustavo Henrique, que sofreram graves lesões no joelho e só devem estar aptos a retornar aos gramados no segundo semestre. Se não tivessem sofrido os problemas, provavelmente seriam titulares absolutos de Oswaldo, que tem recorrido a David Braz, Jubal e Neto.

Reafirmo: Estou sentido o cheiro do Santos mais uma vez campeão paulista...

Real Madrid 3 x 4 Barcelona: Grande espetáculo, três gols do gênio Messi, erros de arbitragem..

Normalmente uso às tardes de domingo para assistir aos jogos do futebol brasileiro. No entanto nesse último alterei a minha programação. Deixei de ver os jogos desinteressantes do Campeonato Paulista para acompanhar o superclássico entre Real Madrid x Barcelona, válido pela 29a rodada do Campeonato Espanhol. Os dois elencos juntos valem mais de um bilhão de euros. Esses números já seriam suficientes para justificar a minha opção. Messi, um dos mais valiosos, fez três gols para o Barça e voltou a provar o motivo de ser um dos maiores jogadores da história do futebol.

                                         crédito foto: AFP

Fui muito feliz na escolha. Os dois times presentearam os amantes do futebol com um lindo espetáculo de sete gols. O Barça, terceiro colocado com 69 pontos, venceu o rival de virada por 4 a 3 no Santiago Bernabéu e terminou a rodada apenas um ponto atrás do líder Atlético de Madrid. A briga pelo título ficou ainda mais intensa. O Real Madrid é vice-líder com 70 pontos.

Precisando vencer desesperadamente sob o risco de terminar a rodada sete pontos atrás do rival, o Barcelona começou a cumprir o objetivo com seis minutos de jogo. O craque Messi deu lindo passe para Iniesta abrir o marcador.

O Real não se abalou e aproveitando-se das falhas defensivas do Barça conseguiu a virada com dois gols de Benzema (aos 19 e 23 minutos). Os dois gols saíram pelo lado direito da defesa catalã, formado por Daniel Alves e Mascherano.

O Real teve chance para ampliar, porém Piqué, o mais lúcido da defesa do Barcelona, salvou em cima da linha chute do inspirado Benzema.

O jogo era eletrizante, de tirar o fôlego de qualquer um. O Barça conseguiu o empate nos minutos finais da primeira etapa. O gol de Messi contou com participação direta de Neymar, que até então vinha tendo atuação apagada.

O segundo tempo seguiu o mesmo padrão técnico. No entanto a arbitragem começou a roubar a atenção aos 8 minutos. Daniel Alves derrubou o apagado Cristiano Ronaldo fora da área, mas o árbitro anotou pênalti. O português bateu bem e pôs o Real novamente em vantagem. O torcedor madrinista foi à loucura.

O galês Gareth Bale quase fez o quarto gol do Real. Contudo, Valdés fez linda defesa. Aos 19, novamente o homem do apito tentou estragar o espetáculo. Ele marcou pênalti inexistente de Sergio Ramos em Neymar (brasileiro se preparava para ser substituído por Pedro Rodrigues) e ainda expulsou o zagueiro. Messi converteu a cobrança e deixou tudo igual: 3 a 3.

Com um a mais, o Barcelona passou a dominar as ações defensivas e chegou a virada aos 39 minutos. Xabi Alonso derrubou Iniesta dentro da área. Pênalti. Dessa vez, o árbitro acertou. Messi não perdoou e fez o seu terceiro gol no clássico. O Real não teve forças para buscar a igualdade mesmo com as alterações de Carlo Ancelotti. O meia Isco e o atacante Morata entraram nos lugares de Dí Maria e Modric.

Messi, o craque da partida, parece ter reencontrado a velha forma. O futebol ganha com ele arrebentando. Cristiano Ronaldo, melhor do mundo em 2013, deixou a sua marca, mas foi coadjuvante no Bernabéu. Não repetiu as últimas grandes atuações.

Evento em São Paulo discutiu as perdas e os ganhos com a realização da Copa

O início da Copa do Mundo no Brasil bate à nossa porta. Daqui a menos de três meses, o mundo estará com os olhos voltados ao nosso país. 32 seleções vão passar por 12 estados. Milhares de turistas desembarcarão por dezenas de aeroportos e além de acompanhar o maior evento futebolístico do planeta, planejam desfrutar das belezas naturais espalhadas em nossa terra. Estaremos prontos para recebê-los e sediar com competência o megaevento?

Na noite da última segunda-feira, a rádio CBN promoveu no Auditório Armando Nogueira, no Museu do Futebol, em São Paulo, o seminário “Perdas e ganhos com a realização da Copa” com as participações dos especialistas em marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi e José Carlos Brunoro, além dos ex-jogadores Emerson Leão e Belletti. O evento teve a mediação do âncora da CBN, Carlos Eduardo Éboli. Esse último abriu o encontro listando os grandes problemas que o Brasil encontra desde 2007, quando foi escolhido como sede da Copa-2014: superfaturamento das arenas, estouro no orçamento, cancelamento de obras de mobilidade urbana e aeroportos obsoletos.

Os participantes se mostraram pessimistas quanto ao legado prometido pelo governo federal. As palavras mais duras vieram do ex-goleiro e sempre polêmico Emerson Leão. Para ele, há uma grande possibilidade de passarmos vergonha. “Os estádios estão ficando bonitos, mas o entorno está ficando péssimo. Tenho medo daquilo que nós vamos ofertar através da TV, e oxalá fique só dentro do campo para o mundo exterior, porque no Carnaval já tivemos o exemplo de que uma simples greve de garis deixou o Rio de Janeiro em situação lastimável”, disse.

José Carlos Brunoro, diretor executivo do Palmeiras, pegou mais leve do que o amigo e ainda assim conseguiu enxergar bons horizontes com a construção de modernas arenas. “A Copa do Mundo vai ficar restrita aos estádios. A sensação que a gente tem é que quando a bola rolar, os estádios estarão prontos e parece que isso vai subtrair os outros problemas que aconteceram com a organização. O lado bom da Copa é que as novas arenas propiciarão aos clubes uma responsabilidade maior de faturamento”, explicou.

Para Amir Somoggi, não será possível recuperar todo o tempo perdido com a organização do megaevento. “Ficamos parados de outubro de 2007 (mês da escolha da sede) até outubro de 2010 sem fazer nada, a não ser as decisões políticas em detrimento às decisões técnicas”. Somoggi ainda complementou: “A Fifa deixou-se enganar por aqueles que escolheram as 12 sedes e hoje está sofrendo com a desorganização.  Talvez oito ou dez sedes como se imaginava no início, não resolveria tudo, mas minimizaria os problemas”.

O especialista em marketing e gestão esportiva também alfinetou o Ministro dos Esportes. “Qualquer pessoa que estuda megaeventos, sabe da complexidade de organização. É um grande desafio. Ninguém fará nada com os pés nas costas, como o Aldo Rebelo imagina, o que dirá de um evento que consumirá 30 bilhões de reais de dinheiro público”, disse.

Outro participante do seminário, o ex-lateral Belletti citou que os jogadores estrangeiros temem pela falta de segurança no Brasil. “Há três ou quatro dias, recebi uma mensagem do (marfinense) Drogba (companheiro dos tempos de Chelsea) perguntando se eu achava seguro trazer a família dele para o país. Confesso que não respondi. Numa segunda mensagem, ele me questionou se há empresas de segurança para escoltar os familiares”.

Belletti, que esteve cobrindo a Copa das Confederações de 2013 (evento teste para a Copa) pelos canais Sportv, afirmou também que o Brasil não tem credibilidade nenhuma de organização lá fora. “Somos vistos apenas pelo carnaval, mulher bonita e praia”, concluiu.

Espera-se não haja grandes problemas nos 30 dias de Copa do Mundo. E que o país possa colher alguns frutos no período pós-evento.

Em breve, a CBN organizará novos seminários sobre megaeventos esportivos. O Rio de Janeiro deve ser a próxima cidade a receber um encontro entre profissionais da área.

Razões para o vexame do Corinthians no Campeonato Paulista

Dono de um dos elencos mais caros do país, o Corinthians deu vexame no fraco Campeonato Paulista e obteve a incrível façanha de ser eliminado ainda na primeira fase. O empate sem gols contra a Penapolense, nesse domingo, combinado com a vitória do vice-líder do grupo B, o Ituano, sobre o São Paulo, no Morumbi, sepultou as chances de o Timão chegar às quartas de final da competição.

                                            (Foto: Célio Messias/ LANCE!Press)

Desde as primeiras rodadas do Estadual dava para perceber que as coisas não iam bem no Parque São Jorge. O Corinthians chegou a sofrer quatro derrotas seguidas, a mais traumática delas para o rival Santos - humilhantes 5 a 1. Essa goleada provocou algumas "feridas", que devem demorar a ser cicatrizadas. Irritados com o vexame na Vila Belmiro, ''marginais"das principais torcidas organizadas invadiram o CT Joaquim Grava, agrediram atletas e funcionários do clube. As cenas pareciam de guerra. Por sorte ninguém saiu com ferimentos graves.

Ao longo da primeira fase, a equipe mostrou muitos problemas, sobretudo no setor defensivo, que vinha sendo nos últimos anos o grande ponto forte corintiano. Os laterais Fágner e Uendel, dois dos reforços para a temporada 2014, não mostraram a que veio. Ambos apresentaram deficiências na marcação e têm grande parcela de culpa pelo fato de o time ter levado muitos gols - 19 no total.

Substituto do vencedor Tite, o treinador Mano Menezes teve grande responsabilidade no vexame. Não conseguiu arrumar o time e foi incapaz de achar um esquema tático equilibrado. O gaúcho, em nenhum momento, assumiu a sua culpa, e em muitas vezes direcionou o foco dos maus resultados à arbitragem.

Faz tempo que Mano Menezes não emplaca um bom trabalho. Não foi bem a frente da seleção brasileira entre 2010 e 2012, e teve passagem muito ruim pelo Flamengo em 2013. Seu último trabalho competente aconteceu em sua primeira passagem pelo Corinthians (janeiro de 2008 a julho de 2010). Lá se vão quase quatro anos...

Também não dá para deixar de responsabilizar a diretoria do Corinthians pela eliminação. Demorou a reforçar o plantel e abriu mão de muitos jogadores com o Campeonato Paulista em andamento. O zagueiro Paulo André, o meia Douglas e o atacante Alexandre Pato foram alguns dos atletas negociados. Nesse período chegaram o volante Bruno Henrique, e os meias Jadson e Luciano, que logo se tornaram titulares.

O elenco possui algumas carências. Faltam pelo menos um zagueiro, um lateral-direito, um volante e dois atacantes (com urgência). Se a diretoria não se mexer para a sequência da temporada, o Corinthians certamente passará por maus bocados no longo e difícil Campeonato Brasileiro.

No próximo domingo, a equipe de Mano Menezes apenas cumprirá tabela diante do Atlético Sorocaba, em jogo válido pela última rodada.

Racismo no futebol: Por que apenas punição aos clubes??

Não é nenhuma novidade o tema racismo no futebol. Esse problema que assola principalmente o Brasil (a segunda nação com maior número de negros no mundo) voltou à tona nas últimas semanas em três episódios lamentáveis.

Em 12 de fevereiro, na partida entre Real Garcillaso e Cruzeiro, pela Copa Libertadores, no Peru, o cruzeirense Tinga foi alvo de insultos racistas. Centenas de torcedores peruanos imitavam sons de macaco toda vez que o volante tocava na bola.

          Presidenta Dilma Rousseff recebeu em seu Gabinete o árbitro Márcio Chagas e o jogador Tinga (foto: Presidência da República)

Pouco menos de um mês depois, na partida entre Esportivo e Veranópolis, válida pelo Campeonato Gaúcho, o alvo de ofensas racistas foi o árbitro Márcio Chagas da Silva. Torcedores do Esportivo proferiram vários insultos, que prefiro não detalhar em respeito aos seguidores do blog. Não bastasse isso, Márcio ainda teve que observar bananas atiradas em seu carro antes de deixar o estádio.

O último episódio de racismo aconteceu em Mogi Mirim na partida entre o time da casa e o Santos, pelo Campeonato Paulista, no dia 6 de março. O volante santista Arouca foi insultado por torcedores durante e após o jogo.

Com exceção ao primeiro caso, os demais tiveram interferência da esfera desportiva. O Esportivo foi julgado pelo TJD-RS, perdeu cinco mandos de campo e recebeu multa de R$ 30 mil. Já a Federação Paulista de Futebol interditou por tempo indeterminado o estádio Romildo Gomes Ferreira, onde o Mogi Mirim manda seus jogos.

Enquanto apenas os clubes são punidos, os racistas seguem impunes pelas autoridades brasileiras e prontos para cometer novamente o crime* nos próximos jogos. Penso que é muito mais importante punir individualmente do que a coletividade. Os bons torcedores do Esportivo e Mogi Mirim, que são maioria, foram punidos devido a uma minoria desinteligente e imbecil.

*O crime de racismo, previsto na Lei 7.716/89, implica em conduta discriminatória dirigida a um determinado grupo ou coletividade. Considerado mais grave pelo legislador, o crime de racismo é imprescritível e inafiançável, que se procede mediante ação penal pública incondicionada, cabendo também ao Ministério Público a legitimidade para processar o ofensor.