Dessa forma, a passagem de quase três anos do jogador pelo Parque São Jorge será interrompida. Sheik foi protagonista nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 2011 e na inédita Copa Libertadores de 2012. Nessa última, ele fez dois gols na decisão contra o Boca Juniors, no Pacaembu. Após esses feitos históricos, o atacante parece que perdeu a motivação de jogar. Chegou com atraso e faltou a vários treinamentos. O seu rendimento em campo também caiu bastante.
Mesmo assim em julho de 2013, a diretoria do Corinthians prorrogou o vínculo contratual até o final de 2015 com salários de R$ 500 mil mensais, valor irreal para o futebol brasileiro, levando em conta que o atleta se aproxima do final de carreira (hoje ele tem 35 anos). Considerei um erro a renovação contratual.
Um episódio em agosto do ano passado serviu para queimar o filme com parte da torcida e até com a diretoria. Algumas horas após vitória do Corinthians contra o Coritiba, Sheik deu um selinho num amigo e publicou a foto na rede social Instagram, o que gerou comentários homofóbicos na internet e protestos de torcedores no CT Joaquim Grava.
Curiosamente, o rendimento do jogador caiu ainda mais após aquele episódio e alguns mais exaltados imploravam pela sua saída.
Mano Menezes assumiu o Corinthians em janeiro desse ano e nunca se bicou com Sheik. Tanto que o atacante foi raras vezes titular. Pesou também o longo jejum de gols. O atacante não marca um gol desde outubro de 2013. O treinador deixou claro para a diretoria que não queria mais o jogador.
O fim do casamento com o alvinegro paulista foi inevitável.
Entendo que a saída será benéfica para o Timão e não positiva para o Botafogo, que vai ter em seus quadros um atleta desmotivado, em fim de carreira.
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