quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Minhas impressões sobre a moderna Arena Corinthians

Depois de tanto tempo, enfim, conheci a moderna Arena Corinthians inaugurada em maio passado. Acompanhei o jogo Corinthians 3 x 1 Bragantino, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Aqui vão algumas impressões sobre a nova casa corintiana.


                                              foto: Rafael Alaby

1) Para ir ao estádio, usei a forma de locomoção recomendada pelo clube e autoridades: transporte público, via metrô. Entrei na estação Vila Mariana, na linha azul, com destino a Sé (15 minutos). Fiz a baldeação para a linha vermelha com destino ao metrô Corinthians-Itaquera. Levei cerca de 20 minutos. Do ponto final do metrô, caminhei mais 10 minutos até o setor J (Leste Superior). O ingresso adquirido um dia antes do jogo custou R$ 75,00 (meia-entrada para estudante).

2) Chamou-me atenção o grande painel de LED do lado externo da Arena. Havia a informação do jogo que aconteceria ali. Encantados, os torcedores não paravam de fotografar.

3) Havia fila para entrada no setor J, porém bem organizada. Levei poucos minutos a ingressar no estádio.

4) O acabamento interno da Arena é espetacular. A impressão é que o torcedor está dentro de um shopping center. Há pisos e azulejos de mármore. Os banheiros são bem limpos, com torneiras de abertura e fechamento automáticos e secadores de mão elétricos.

5) Todos os lugares do Setor Leste Superior são numerados. Fiscais contratados pelo Corinthians ajudam os perdidinhos a localizarem os seus assentos. As cadeiras são bem confortáveis. Nada lembra o Pacaembu, antiga "casa" corintiana.

6) A visão para o gramado é interessante. Não há pontos-cegos, assim obedecendo o padrão Fifa. A iluminação é muito boa. Jogadores e sobretudo profissionais de TV não podem reclamar.

7) Dois telões com imagem em alta definição entretêm os torcedores. O jogo é transmitido, porém sem replays, obedecendo determinação da CBF. No intervalo são mostrados os gols da rodada.

8) O que destoam no estádio são as ferragens das estruturas das arquibancadas provisórias utilizadas na Copa do Mundo, encerrada em julho passado. Nas próximas semanas, enfim, a empresa contratada pela Odebrecht, responsável pela construção do estádio, finalizará a retirada. Certamente o visual dos setores Norte e Sul ficará bem mais agradável.

9) O estádio recebeu um bom público, levando em conta o péssimo horário das 22h de quarta-feira. O jogo também foi transmitido pela Rede Globo. Pouco mais de 27 mil torcedores pagaram ingresso. O número poderia ter sido maior se a diretoria corintiana não metesse a faca no preço do ingresso do Setor Inferior Oeste, que praticamente esteve às moscas. R$ 200,00 (R$100 a meia-entrada) foi cobrado por ali. Absurdo! A grande massa corintiana é formada por torcedores de menor poder aquisitivo.

10) Há lanchonetes no hall de entrada. Durante o jogo, vendedores passavam nas cadeiras oferecendo produtos como água, refrigerante, hot-dog, pipoca e X-Burguer de Picanha. Como havia jantado antes de sair de casa, não consumi no local. No entanto, meu colega David Fernandes comeu o X-Picanha de R$10 e não aprovou. Disse que a carne não se tratava de picanha. A digestão do alimento não foi nada boa. Ele sofreu com azia no decorrer da madrugada.

11) Chamou-me atenção um vendedor que manipulava gelo com a mão sem luva de proteção. Ele pegava o dinheiro e em seguida metia a mão nos cubos de gelo antes de colocá-los no copo de refrigerante. Atitude anti-higiênica.

12) Optei por sair cinco minutos antes do apito final. Dificilmente faço isso em jogos de futebol. Quis evitar perder o metrô, que encerraria as atividades à 0h30. Seria muito complicado ter outra opção de transporte na volta para a Vila Mariana. O retorno transcorreu dentro da normalidade. Pouco antes da 1h já me encontrava em casa.

Pitacos finais!

* Recomendo a visita ao estádio até para quem não for corintiano. Espero que os torcedores alvinegros e rivais zelem pelo patrimônio do clube.

** Achei que o Corinthians poderia explorar melhor o marketing de sua Arena com a construção de lojas, restaurantes, bares, etc. O velho Morumbi rende várias fontes de renda para o São Paulo com outras atividades extra-futebol.

***  Pretendo visitar o Allianz Parque, futura nova casa do Palmeiras, assim que o estádio for inaugurado em outubro. Certamente farei o post com as minhas impressões.

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