O paraense Dewson Freitas, presente em 9 jogos, é um dos raros que destoa do padrão da arbitragem. Marca em média 26,7 faltas por partida. Na última quinta-feira, ele arbitrou o agradável Corinthians 1 x 0 Atlético-MG e deixou o jogo correr sem exagerar na quantidade de faltas marcadas. Apenas 21 foram computadas, segundo dado do Footstats. Para se ter uma ideia, o catarinense Paulo Henrique Godoy Bezerra (foto) apitou 7 vezes no campeonato e marcou em média 42,1 faltas por jogo. É um dos líderes no quesito.
Sabendo que a maioria dos árbitros aplica um número exagerado de faltas, muitos atletas brasileiros não têm nenhum pudor em simular. Qualquer contato físico com o adversário é motivo para caírem no gramado como se tivessem sido baleados.
Uma arbitragem que deixe o jogo correr naturalmente é importante para a qualidade do espetáculo. Nos grandes centros europeus isso é comum. O atacante Neymar, que ficou mal acostumado ao padrão de arbitragem brasileiro, sofreu no início de sua passagem pelo espanhol Barcelona, em 2013. Hoje mais maduro, o craque tem a consciência que os homens do apito de lá não caem na lábia de piscineiros (gíria comum na Europa para atletas que simulam faltas).
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