quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sofrimento e emoção marcam a primeira decisão internacional da Ponte Preta

E o Pacaembu virou Macacaembu por um dia. Na noite dessa quarta-feira o estádio paulistano foi pintado em preto e branco. E não por corintianos frequentadores assíduos e sim por ponte-pretanos, que viajaram cerca de 100 quilômetros para acompanhar o clube de coração em sua primeira decisão internacional em 113 anos de história. A Ponte Preta recebeu o argentino Lanús na partida de ida da final da Copa Sul-Americana. O resultado não foi o sonhado pelos torcedores, mas o empate em 1 a 1 não pode ser considerado um mau negócio.



Estive no estádio acompanhando a decisão. Assim que saí da estação Clínicas do Metrô rumo ao Paulo Machado de Carvalho pude perceber a empolgação do torcedor ponte-pretano. Pessoas de todas as classes sociais e faixas etárias transbordavam em alegria.

Cheguei no Pacaembu cerca de uma hora antes de a bola rolar. E aproximadamente 90% das cadeiras laranjas já estavam ocupadas. Não foi fácil achar um bom local para assistir a partida, mas acabou dando tudo certo e consegui ficar bem acomodado.

Do início ao fim foi de arrepiar o apoio dos seguidores da Macaca. Gritos de guerra, a tradicional ola e a entonação do hino do clube deram todo brilho ao espetáculo.

O jogo

O começo da partida foi nervoso. Cautelosos, ambos os times demoraram a buscar o ataque. A tática ponte-pretana foi jogar fechadinha na defesa, explorando os contragolpes, algo que já foi visto em fases anteriores da competição.

A Ponte Preta teve duas boas oportunidades para abrir o marcador, porém o zagueiro César e o meia Elias não foram felizes na conclusão. A poucos minutos do intervalo, o atacante Santiago Silva, ex-Boca Juniors, quase calou o Pacaembu. Dentro da área e livre de marcação, o jogador perdeu chance impressionante para colocar o Lanús em vantagem.

O segundo tempo foi mais aberto. Elias, apagado nos primeiros 45 minutos, chamou a responsabilidade e logo nos primeiros minutos, obrigou Marchesin a fazer a boa defesa. No momento em que mais se aproximava do gol, a Ponte sofreu um duro golpe. Aos 12 minutos, o zagueiro Goltz cobrou falta com perfeição e venceu o goleiro Roberto.

Os jogadores da Macaca demoraram a assimilar o golpe. Bateu aquele nervosismo. O time passou a errar muitos passes e cometer faltas desnecessárias. Roberto fez milagre em cabeçada de Santiago Silva e evitou o segundo gol do Lanús. Contudo aos 33 minutos, o volante Fellipe Bastos, também de falta, deixou tudo igual para delírio dos mais de 26 mil ponte-pretanos.

Nos minutos finais, em outra batida de falta, Bastos quase colocou a Ponte em vantagem. A bola encontrou o travessão. Uma pena! A Macaca merecia a vitória. Foi mais aguda diante de um Lanús, que mais se preocupou em catimbar os adversários.

Continuo achando os argentinos favoritos para erguer o caneco, semana que vem, em Buenos Aires, mas em hipótese alguma dá para descartar a glória da Macaca, que já se superou na competição, eliminando os fortes Vélez Sarsfield e São Paulo. Quem vencer o próximo jogo ficará com a taça. Qualquer empate leva a disputa para as penalidades.

Eu ainda acredito, Ponte!

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