quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Os modernos Marcelo Oliveira e Cristóvão Borges dão lição no futebol brasileiro

O futebol brasileiro atravessa a sua pior crise técnica desde a profissionalização. Há uma entressafra de jogadores. Faltam também técnicos em sintonia com o futebol moderno. Como consequência disso temos visto jogos ruins, onde prevalece a forte marcação em detrimento da criatividade, que até o século passado era a nossa principal característica.

Hoje apenas dois times têm remado contra a maré e apresentado bom futebol: o Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro e o Fluminense, vice-líder. Ambos são comandados pelos profissionais mais talentosos do mercado: o mineiro Marcelo Oliveira e o baiano Cristóvão Borges. Tratam-se de dois treinadores que priorizam o futebol ofensivo. O objetivo principal é atacar, mas sem desguarnecer o sistema defensivo.

                                crédito foto Vipcomm:  Marcelo Oliveira orientando jogadores

Oliveira e Borges são humildes, estudiosos e começam a colher os frutos na profissão. O cruzeirense Oliveira já havia provado a sua competência com o título do Campeonato Brasileiro em 2013. E tudo indica que conduzirá à Raposa à segunda conquista seguida do Nacional.

A carreira de Borges é curta. Começou em 2011 no Vasco. Ele ainda não obteve nenhuma conquista, mas em breve vai ter o seu trabalho recompensado. Borges aposta numa metodologia de treinamento diferente do habitual, onde simula jogadas que vão acontecer durante os jogos. Segundo o site estatístico Footstats, o Flu tem um ótimo índice de acertos de passes no Campeonato Brasileiro (91,7%), aproveitamento ligeiramente superior ao da poderosa Alemanha na última Copa do Mundo (91,6%).

Admiro também o comportamento dos dois treinadores. São avessos à polêmicas e não se utilizam do artifício do blá-blá-blá como alguns companheiros mais badalados que adoram desviar o foco para a arbitragem e outros fatores após resultados adversos. O Brasil precisa de menos Manos, Felipões, Luxemburgos e Dungas e de mais Marcelos e Cristóvãos, profissionais que podem ajudar o país a recuperar o seu prestígio internacional.

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