quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Nervosismo de Mano Menezes afeta o rendimento dos jogadores do Corinthians

Não existe outro técnico no futebol brasileiro que reclame tanto com a arbitragem quanto o corintiano Mano Menezes. Sempre que o seu time sofre um resultado adverso, ele atribui culpa a arbitragem. Na derrota para o Grêmio, pelo Brasileirão, no último domingo, o treinador esbravejou contra o árbitro Héber Roberto Lopes, que não teria marcado penalidade no final do jogo e "prejudicado" o alvinegro em outros lances. A infração dentro da área não ocorreu. Romarinho chutou e a bola atingiu o braço do zagueiro Werley. O toque foi totalmente involuntário. Não houve outros lances polêmicos, em Porto Alegre.


Na última quarta-feira, novo tropeço corintiano, dessa vez na Copa do Brasil: derrota por 1 a 0 para o Bragantino, em Cuiabá. Adivinha quem ele responsabilizou pelo resultado? O árbitro Leandro Bizzio Marinho. Mano reclamou do gol do clube interiorano. Mais uma vez sem razão. Cássio não sofreu falta, antes de Sandro arriscar um belo chute de fora da área e vencer o goleiro.

Nos últimos jogos têm sido rotina o nervosismo de Mano Menezes que num intervalo de uma semana foi expulso na vitória contra o Goiás (foi excluído quando o alvinegro ainda estava atrás no placar) e na derrota para o Bragantino.

O comportamento do treinador acaba refletindo nos seus comandados. A equipe tem abusado do nervosismo dentro do gramado. O zagueiro Gil e o volante capitão Ralf se tornaram os mais pilhados. O primeiro, que vive fase muito boa, sendo com justiça convocado à Seleção Brasileira, tem passado do ponto nas divididas. O segundo parte para cima da arbitragem em qualquer marcação duvidosa.

Como consequência do mau comportamento cresceram as advertências. Somente nesse mês de agosto, o Timão teve três expulsões (Fágner, Guerrero e Ferrugem). O meia Petros pegou seis meses de gancho em decorrência de agressão ao árbitro Raphael Claus no clássico contra o Santos. O meia Renato Augusto também pode ser punido pelo STJD por uma suposta agressão ao volante Léo Gago, do Bahia, em jogo válido pela Copa do Brasil, no dia 6 passado.

É bom lembrar que o Corinthians, sob o comando do sereno Tite, entre outubro de 2010 e dezembro de 2013, raramente perdeu a linha. O fair play era uma das principais marcas. O Timão ganhou a inédita Copa Libertadores de 2012 e também levou o troféu de equipe mais disciplinada da competição. Pelo visto, o bom comportamento ficou no passado. Se o panorama não mudar, dificilmente a equipe terá forças para brigar por conquistas na sequência da temporada.

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