Brasil x Espanha: O que esperar da tão sonhada final da Copa das Confederações?

No início da noite dessa quinta-feira, o Brasil conheceu o seu adversário na final da Copa das Confederações. Conforme esperado será a Espanha, que com muito sofrimento derrotou a Itália por 7 a 6 nas penalidades, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, na Arena Castelão, em Fortaleza.

Embora tenha chegado à inédita final, a Espanha não jogou o seu melhor futebol contra os italianos. O time comandado por Vicente Del Bosque fugiu de suas características. Ao longo dos 90 minutos do tempo normal marcou os adversários em seu campo de defesa e não ficou tanto tempo com a posse de bola. Além disso, a Fúria finalizou pouco a meta defendida por Buffon.

É verdade que na prorrogação a Espanha adiantou a sua marcação, porém contou com a ajuda dos italianos, que mostraram muito cansaço e pouco incomodaram o goleiro Casillas, exceto em chute de Giaccherini, que encontrou a trave.

Nas penalidades, os espanhóis converteram todas as cobranças, ao contrário do italiano Bonucci, que chutou longe à la Roberto Baggio contra o Brasil, na final da Copa do Mundo de 1994.

O que esperar da Seleção Brasileira na final?

Assim com a rival, o Brasil chegará para a decisão domingo no Maracanã sem ter exibido bom futebol na semifinal. A equipe de Luiz Felipe Scolari foi inferior aos uruguaios em boa parte da partida, mas avançou graças a um gol salvador de Paulinho nos minutos finais.

Não tenho dúvidas em dizer que a Espanha tem mais time que o Brasil. Nossos adversários estão com a mesma base desde a final da Copa do Mundo de 2010, ao contrário da Seleção Brasileira, remontada nos últimos meses. Somente o goleiro Júlio César e o lateral Daniel Alves estiveram entre os titulares no último Mundial.

O Brasil levará vantagem no preparo físico. A Espanha se desgastou muito na batalha de 120 minutos mais os pênaltis, e deve sofrer com o clima úmido e abafado da capital carioca. Todos esses fatores poderão fazer a diferença para mais um título canarinho.

Vejo a Seleção Brasileira com boas chances de superar os líderes do ranking Mundial na Fifa. A receita para atingir o objetivo é não ter medo de atacá-los no Maracanã. Os meias Xavi e Iniesta merecem atenção especial por parte do sistema defensivo brasileiro. Anulá-los será muito importante.

A Espanha não perde há 29 jogos (desde a estreia na Copa do Mundo de 2010 - derrota por 1 a 0 para a Suíça). Aposto que esse tabu irá para o espaço na noite de domingo. Vai, Brasil!