quarta-feira, 24 de julho de 2013

Galo forte, vingador e agora Libertador da América!

Comemore torcedor do Atlético-MG! Depois de tantos anos de espera e com tanta dramaticidade, enfim veio o tão sonhado título da Copa Libertadores no lendário e renovado Mineirão.

Pela terceira vez consecutiva na competição, o time precisou das penalidades para superar um adversário. Após a vitória por 2 a 0 sobre o Olimpia no tempo normal e um empate sem gols na prorrogação, o Atlético levou a melhor na decisão por pênaltis e devolveu com louvor o tropeço sofrido em Assunção.

Mais uma vez, o goleiro Victor se destacou. Ele se adiantou bastante e com os pés defendeu cobrança de Miranda. No final, Gimenez mandou na trave e deu fim a agonia atleticana. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva tiveram 100% de aproveitamento em suas cobranças.



O jogo

O primeiro tempo não foi muito empolgante. O Atlético até esteve mais presente no ataque, mas não criou situações claras de gol. Por outro lado, o defensivo Olimpia levou perigo em contragolpes, porém Bareiro e Silva pararam em defesas do goleiro Victor. Os paraguaios se destacaram pela forte marcação e correram poucos riscos nos 45 minutos iniciais.

Na volta do intervalo, o atleticano Cuca trocou o Pierre por Rosinei, meio campista com mais qualidade na chegada ao ataque.

E o Galo iniciou o segundo tempo de maneira eletrizante, encurralando o Olimpia. Logo a 1 minuto, Rosinei cruzou, Pittoni furou e Jô, de voleio, mandou para as redes. A pressão atleticana se intensificou ainda mais. O goleiro uruguaio Martin Silva fez três grandes defesas em finalizações de Jô, Diego Tardelli e Leonardo Silva. Esse último também mandou uma cabeçada no travessão.

Era ataque contra defesa, porém o Olimpia ficou muito perto de liquidar a fatura aos 38 minutos. Em contra-ataque, Ferreyra driblou Victor, mas escorregou e não conseguiu concluir para o gol.

No minuto seguinte a oportunidade perdida, o zagueiro Manzur, ex-Santos, cometeu falta em Alecsandro e como já havia recebido o amarelo anteriormente foi para o chuveiro mais cedo. Dois minutos mais tarde, veio o segundo gol brasileiro. Bernard colocou na área e Leonardo Silva testou para as redes para euforia dos quase 60 mil atleticanos presentes no Mineirão. A derrota por 2 a 0 no tempo normal, em Assunção, foi devolvida.

Nos minutos finais, com razão, os atleticanos reclamaram de pênalti não marcado em Jô, que claramente foi agarrado pelo defensor paraguaio. O placar por 2 a 0 forçou a prorrogação.

Com um jogador a mais durante os 30 minutos da prorrogação, o Atlético-MG não conseguiu o gol do título. Teve chances, é verdade, mas parou na trave em cabeçada de Réver e no gigante Martin Silva, que defendeu belo chute de Josué.

Nas penalidades, o Galo venceu o tricampeão Olimpia por 4 a 3 e voltou a entoar uma das frases mais bonitas e emblemáticas do seu hino: Clube Atlético Mineiro! Galo forte e vingador!

Pitacos

*** Todos os jogadores estão de parabéns pelo objetivo alcançado em especial o goleiro Victor, herói nas quartas de final (contra o Tijuana), semifinal (Newell's Old Boys) e final (Olimpia). Não fosse ele, os atleticanos teriam passado longe da decisão. O arqueiro merece uma estátua na sede do clube!

*** O jovem Bernard não sentiu o peso da sequência de decisões e teve grande papel na conquista. Creio que tenha sido o grande craque da Libertadores. O meia-atacante infernizou os adversários com velocidade e lances de pura habilidade.

*** O centroavante Jô, que para muitos é limitado tecnicamente, mostrou grande futebol na campanha histórica. Marcou sete gols, o mais importante deles justamente na finalíssima.

*** O técnico Cuca merece um lugar de destaque na galeria de ídolos do clube. Fez um excelente trabalho e encerrou a fama de pé frio. Nunca havia obtido um título que não fossem os Estaduais. Simplesmente levou a taça mais cobiçada das Américas.

*** Público da decisão 56.557 pagantes (58.620 presentes). Renda: R$ 14.176.146,00 - a maior bilheteria da história do futebol nacional. Número sensacional!

*** E para finalizar. O Mineirão foi o palco perfeito para a inédita conquista. Muito melhor do que a pequena Arena Independência, onde poucos torcedores seriam privilegiados.


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