quarta-feira, 17 de julho de 2013

O organizado Corinthians foi superior ao frágil São Paulo e com méritos levou o título inédito da Recopa Sul-Americana

Deu a lógica no Pacaembu. O forte Corinthians, que jogava pelo empate para ficar com a taça da Recopa Sul-Americana, derrotou o frágil rival São Paulo por 2 a 0 e obteve o terceiro título internacional em pouco mais de um ano. Antes da Recopa, o Timão havia faturado a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes, ambos em 2012.



O primeiro tempo do clássico foi muito truncado e com poucas chances de gol dos dois lados. O técnico são paulino Paulo Autuori apostou numa formação com três volantes: Wellington, Denilson e Rodrigo Caio. Tite repetiu o mesmo time que venceu a partida de ida no Morumbi com Danilo e Emerson Sheik, recuperados de lesão.

A estratégia defensiva são paulina deu certo em boa parte do primeiro tempo. O Tricolor imprimiu forte marcação no meio de campo, deu poucos espaços aos corintianos e levou algum perigo em contragolpes puxados pelo rápido Osvaldo. O Corinthians assustou primeiro em chute de Danilo, que obrigou Rogério Ceni a espalmar para escanteio.

A tática são paulina foi por água abaixo aos 35 minutos, quando Edenilson deu belo lançamento para Emerson Sheik, que invadiu a área e cruzou para Guerrero. O peruano finalizou em cima de Rafael Toloi e no rebote Romarinho empurrou para as redes. A tarefa são paulina ficou ainda mais complicada. O time precisaria de três gols para levar o título no tempo normal ou dois para forçar a prorrogação.

Na volta do intervalo, Paulo Autuori trocou o volante Wellington pelo atacante Aloísio. Contudo foi o Corinthians que cresceu ofensivamente marcando com muita força a saída de bola adversária. Fábio Santos perdeu chance clara para ampliar aos 9 minutos. O lateral, livre de marcação, chutou fraco para defesa tranquila de Rogério Ceni.

O São Paulo só foi esboçar reação a partir dos 20 minutos. O meia Paulo Henrique Ganso até então apagado no jogo chamou a responsabilidade e deu linda enfiada de bola para Aloísio, que livre de marcação, chutou para defesa espetacular de Cássio. Aos 23 minutos, o alvinegro liquidou a fatura. Fábio Santos cruzou, Danilo cabeceou para grande defesa de Ceni, porém o meia pegou rebote e fuzilou para as redes.

Com os 2 a 0, Corinthians esperou o apito final de Paulo César de Oliveira para soltar o grito de campeão. Por outro lado, o desmotivado São Paulo não teve forças para iniciar uma reação e se afundou ainda mais na crise. Já são nove partidas sem vitória e as perspectivas não são nada animadoras para a sequência da temporada.

Pitacos

*** Danilo foi eleito pela Conmebol o craque da decisão. E com justiça! O meia jogou demais no Pacaembu. Mesmo com a idade avançada foi o atleta que mais correu (9 km segundo estatísticas). E para variar decidiu mais uma final com um belo gol. 

*** Edenilson foi outro destaque positivo corintiano. O lateral foi muito bem na marcação e chegou com frequência no ataque. Só vacilou quando deixou Aloísio na cara do gol. Por sorte, Cássio fez grande defesa. Será muito difícil o veterano Alessandro voltar a ser titular da posição.

*** O Corinthians não teve uma exibição exuberante no Pacaembu, mas fez o suficiente para derrotar o rival sem muitos sustos. O time mostrou consistência em todos os setores ao longo dos 90 minutos.

*** Em seis mata-matas contra o São Paulo nesse século, o Corinthians não perdeu nenhum! Desempenho impressionante!

*** O São Paulo voltou a mostrar fragilidade no sistema defensivo. Os laterais Douglas e Juan deixaram muitos espaços atrás e os zagueiros Lúcio e Rafael Toloi, quando pressionados pelos atacantes adversários, pecaram na saída de bola. 

*** Desde que acompanho futebol nunca vi um São Paulo tão frágil como o da atual temporada. Além dos problemas defensivos, vejo o meio de campo como um deserto de criatividade. O talentoso Paulo Henrique Ganso tem se mostrado no Tricolor um jogador comum. Tem apenas alguns lampejos de bom futebol. Na frente, Luis Fabiano não consegue balançar as redes e se preocupa mais em cometer faltas e discutir com o trio de arbitragem.

*** É bom o Tricolor abrir os olhos para não passar mais vexames na sequência da temporada.





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