sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Mudanças de técnicos no Campeonato Brasileiro: Quais deram certo? E as que não surtiram o efeito?

É cada vez mais comum, clubes brasileiros trocarem de técnico quando os resultados não são satisfatórios dentro de campo. Para se ter uma ideia, em 18 rodadas do Campeonato Brasileiro, 12 clubes realizaram pelo menos uma troca em seu comando técnico: Atlético-PR, Grêmio, Criciúma, Vasco, Vitória, Santos, Flamengo, Fluminense, Portuguesa, São Paulo*, Ponte Preta e Náutico.

Sucesso na troca

Há casos em que a troca surte o efeito desejado pelos cartolas. O Atlético-PR tem o caso mais impressionante. Ricardo Drubscky teve um péssimo início de Brasileirão e logo na 6ª rodada foi substituído por Vágner Mancini. O Furacão deu um grande salto na tabela. Saiu da 19ª colocação e hoje é o vice-líder da competição. Desde que Mancini assumiu, o time paranaense não sofreu nenhum revés na série A.



O Grêmio melhorou a partir da saída de Vanderlei Luxemburgo e da chegada de Renato Gaúcho, que tem grande identificação com o torcedor gremista. O ex-ponta direita equilibrou o time em todos os setores e hoje, na 4ª colocação, os gremistas lutam pelo título brasileiro.

O Criciúma teve Vadão como técnico até a 15ª rodada. Devido a uma sequência de maus resultados, a diretoria do Tigre optou pela sua saída e anunciou nessa sexta-feira a efetivação do ex-auxiliar Sílvio Criciúma. Até então interino, o ex-zagueiro teve três vitórias seguidas (100% de aproveitamento), a última delas sobre o São Paulo, no Morumbi. Os catarinenses deixaram a zona de rebaixamento e hoje ocupam a 9ª colocação.

Mudanças sem efeito

Nem sempre a mudança é sinal de sucesso. Ponte Preta e Náutico, que o digam. Ambos tiveram até o momento na série A, três comandantes diferentes. A Macaca iniciou a campanha com Guto Ferreira, que durou até a 4ª rodada. Com a 20ª posição na tabela, a diretoria do time de Campinas o dispensou e trouxe Paulo César Carpegiani, que também não ficou por muito tempo.

Desde a 18ª rodada, Jorginho foi incumbido de livrar a Ponte da zona do rebaixamento e até o momento não obteve sucesso: duas derrotas em dois jogos e a penúltima colocação na tabela.

O caso do Náutico é ainda mais emblemático. Trocou três vezes de técnico e jamais conseguiu deixar a lanterna. Silas ficou no cargo até a 3ª rodada. A diretoria do Timbu então buscou a contratação de Zé Teodoro, que sem sucesso deu lugar a Jorginho Cantinflas. Esse último ficou apenas 4 rodadas no comando e com a goleada sofrida na última quinta-feira para o Vasco, optou pela saída.

O auxiliar Levi Gomes será o comandante do Náutico até o final da temporada e já tem uma pedreira no domingo diante do Corinthians, no Pacaembu. Com apenas oito pontos, o Timbu tem a pior campanha da história da era por pontos corridos. Só um milagre manterá os pernambucanos na primeira divisão.

O São Paulo demitiu Ney Franco após a derrota para o Corinthians no primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana. No Brasileirão, Ney deixou o time na 6ª colocação. Paulo Autuori o substituiu a partir da 7ª rodada e o Tricolor despencou na tabela. Hoje ocupa a 18ª colocação e chegou a ficar 12 jogos no Brasileirão sem sentir o gosto da vitória.

**** Cruzeiro (líder), Botafogo (3º), Corinthians (5º), Internacional (6ª), Goiás (7ª), Coritiba (8º), Bahia (11º), Atlético-MG (15º) são os clubes que ainda não mexeram no comando técnico.

TODAS AS MUDANÇAS

ATLÉTICO-PR: Ricardo Drubscky (deixou o time na 19ª colocação) e Vágner Mancini (2ª colocação)

GRÊMIO: Vanderlei Luxemburgo (7ª posição)  e Renato Gaúcho (4ª colocação)

CRICIÚMA: Vadão (17ª colocação) e Silvio Criciúma (9ª colocação)

VASCO: Paulo Autuori (pedido de demissão - 14ª colocação) e Dorival Júnior (10ª colocação)

VITÓRIA: Caio Júnior (10ª colocação) e Ney Franco (12ª colocação)

SANTOS: Muricy Ramalho (14ª colocação) e Claudinei Oliveira (13ª colocação)

FLAMENGO: Jorginho (19ª colocação) e Mano Menezes (14ª colocação)

FLUMINENSE: Abel Braga (16ª colocação) e Vanderlei Luxemburgo (16ª colocação)

PORTUGUESA: Edson Pimenta (20ª colocação) e Guto Ferreira (17ª colocação)

*SÃO PAULO: Ney Franco (demitido após o primeiro jogo da final da Recopa - 6ª colocação) e Paulo Autuori (18ª colocação)

PONTE PRETA: Guto Ferreira (20ª colocação), Paulo César Carpegiani (17ª colocação) e Jorginho (19ª colocação)

NÁUTICO: Silas (20ª colocação), Zé Teodoro (20ª colocação), Jorginho Cantinflas (pedido de demissão -  20ª colocação) e Levi Gomes

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