quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A Conmebol nada faz para melhorar a credibilidade do futebol sul-americano

O futebol ficou mais triste na noite da última quarta-feira, quando um garoto boliviano de apenas 14 anos perdeu a vida após ser atingido por um sinalizador atirado por torcedor corintiano, em Oruro, em partida válida pela primeira rodada da Copa Libertadores.

A tragédia poderia ter sido evitada se as autoridades fossem rigorosas na revista dos torcedores. É inadmissível que em pleno século XXI, seja permitida a entrada de artefatos em estádios de futebol.

A Conmebol também tem parcela de culpa por não tomar atitudes com a finalidade de evitar tragédias desse tipo. Espero que o Corinthians e sua torcida recebam uma punição da entidade. Sou contra a exclusão da equipe da Copa Libertadores. Defendo que o clube realize todos seus jogos com portões fechados até o final da sua participação, e que não receba a cota de ingressos quando atuar como visitante. E quem foi o responsável pela barbaridade na Bolívia precisa ser preso e nunca mais assistir as partidas de seu clube do coração nos estádios.

A organização dos torneios sulamericanos é amadora. Veja mais alguns problemas que a Conmebol faz vistas grossas, arranhando a credibilidade do futebol no continente.

1) Permitir que estádios arcaicos sejam palcos de duelos tanto pela Copa Libertadores quanto pela Sul-Americana. Muitos deles possuem arquibancadas abandonadas, vestiários precários, gramados ruins..

2) Hostilidade nos estádios. Torcedores sulamericanos costumam atirar objetos contra jogadores adversários. Já virou rotina assistirmos imagens de policiais protegendo com escudos os atletas durante cobranças de lateral ou escanteio.

3) Brigas entre times. Exemplo: na final da Copa Sul-Americana de 2012, o argentino Tigre vendo que a tarefa de derrotar o São Paulo seria impossível, passou a praticar atitudes antidesportivas como apelar para faltas violentas. Os argentinos abandonaram o jogo no intervalo e promoveram o maior quebra-quebra no vestiário do Morumbi. A Conmebol prometeu investigar o caso, mas até agora não tomou nenhuma atitude. A impunidade rola solta.

4) Permissão para que clubes (principalmente Bolívar, The Strongest, San José, Real Potosí) mandem seus jogos em cidades com altitude superior a 3.000 metros. Para quem é acostumado a jogar acima do nível do mar, isso é desumano. Jogadores sentem falta de ar. Não duvido que ainda veremos atletas indo ao óbito.

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