Atlético aproveita vacilos defensivos do São Paulo para estrear com vitória na Libertadores

O Atlético-MG provou mais uma vez o quanto é difícil de ser batido dentro da Arena Independência. O São Paulo foi mais uma vítima do Galo, que segue sem ser derrotado no estádio.

Com bom futebol, o clube mineiro bateu o adversário por 2 a 1 e estreou com o pé direito na fase de grupos da Copa Libertadores.

O primeiro tempo foi inteiramente dominado pelos atleticanos. Com marcação avançada, a equipe de Cuca deu poucas chances ao Tricolor Paulista, que sofreu muito com a velocidade de Bernard. Com seis minutos de bola rolando, o Atlético criou a primeira chance de gol. Ronaldinho cobrou falta e Jô, de cabeça, obrigou Rogério Ceni a fazer importante intervenção.

O lado direito da defesa são paulina esteve vulnerável. Foi por lá que os anfitriões abriram o placar. Aos 13 minutos, Marcos Rocha cobrou lateral para Ronaldinho Gaúcho, que livre de marcação, só teve o trabalho de cruzar para Jô balançar as redes. Antes de receber a bola, Ronaldinho tomava copo d'água dado pelo goleiro Rogério Ceni. Vacilo imperdoável dos defensores. Alguém tinha a obrigação de estar marcando o meia.

O São Paulo sentiu o golpe e o Atlético intensificou a  blitze no ataque. Por pouco, o Galo não ampliou a vantagem ainda no primeiro tempo. Aos 27, o rápido Bernard passou por Wellington e chutou cruzado. Meio desajeitado, Rogério Ceni espalmou e no rebote, Diego Tardelli, livre de marcação, finalizou para fora. Os visitantes, com comportamento de equipe pequena, terminaram a etapa inicial sem finalizar à meta defendida por Victor.

O Tricolor melhorou no segundo tempo. Aos 4 minutos, Osvaldo bateu por cima do travessão. Com a inferioridade no placar, Ney Franco fez a primeira alteração. Trocou o zagueiro/lateral Paulo Miranda pelo atacante Aloisio. A equipe são paulina continuou dominando as ações ofensivas. O Atlético pregou em campo, algo normal tratando-se de início de temporada.

Aos 21 minutos, o São Paulo perdeu chance clara para empatar. Luís Fabiano foi lançado por Aloisio e livre de marcação chutou para defesa espetacular de Victor. Cinco minutos mais tarde, Aloisio chutou prensado e Victor espalmou para escanteio.

Mesmo dominando o segundo tempo, o São Paulo levou o segundo gol aos 27 minutos. Ronaldinho Gaúcho cruzou na medida para o zagueiro Réver, entre Lúcio e Rhodolfo, ampliar de cabeça.  A torcida são paulina se animou aos 37 minutos, quando Aloisio diminuiu o prejuízo após bela enfiada de Luis Fabiano.

O empate, que seria um ótimo resultado, esteve muito perto de acontecer. Nos acréscimos, Paulo Henrique Ganso, que substituíra o apagado Jadson, pegou rebote na entrada da área e finalizou para fora. Inacreditável! A torcida do Galo foi à loucura com a chance perdida e na sequência com o apito final.

Pitacos

>>> Gostei muito da arbitragem do carioca Marcelo de Lima Henrique. Deixou o jogo correr à la Europa. Não marcou qualquer faltinha. Boa surpresa.

>>> E como jogou o volante atleticano Pierre! Um leão na marcação com várias roubadas. E Felipão, quando treinava o Palmeiras, não quis aproveitar o bom meio campista. É brincadeira!

>>> Ronaldinho Gaúcho foi o grande destaque com duas assistências, mas ainda segue errando muitos passes. No final do jogo foi desarmado no meio de campo e quase o São Paulo chegou ao empate.

>>> Bernard foi outro destaque atleticano. Os zagueiros são paulinos vão ter muitos pesadelos com ele. Correu muito por todos os lados do campo.

>>> Ficou claro que no momento Rhodolfo não pode ser titular no Tricolor. O reserva Rafael Toloi vive melhor momento que o defensor.

>>> Ganso ainda deve boas atuações ao São Paulo. Um jogador do talento dele não pode perder chance tão clara quanto a ocorrida nos acréscimos.

>>> Jadson, o melhor jogador do São Paulo em 2013, ficou devendo futebol em Belo Horizonte. Sucumbiu a forte marcação de Pierre.