Com justiça, o Corinthians segurou o empate em 1 a 1 contra
o Santos no Pacaembu e pela primeira vez em sua história chegou a uma decisão de
Copa Libertadores.
Com um futebol voluntarioso, novamente o Corinthians
conseguiu anular o Santos, que para muitos era o favorito no confronto.
Como venceu o primeiro jogo por 1 a 0, na Vila Belmiro, o Timão
entrou em campo dependendo apenas de um empate para chegar à final. A equipe
corintiana não realizou um bom primeiro tempo. Mesmo com apoio da torcida, o
Corinthians não se arriscou muito ao ataque. O Santos possuía a maior posse de
bola, mas tinha dificuldades em furar a defesa corintiana. No entanto aos 35
minutos, Neymar iniciou jogada pela direita, acionou Alan Kardec, que cruzou
para Borges finalizar na trave. No rebote, Neymar, livre de marcação e em
posição legal, abriu o placar para o Peixe. O 1 a 0 levaria a decisão para os
pênaltis. Nos acréscimos, o goleiro Rafael evitou o empate em cabeçada de Jorge
Henrique.
O Corinthians voltou para o segundo tempo com uma alteração.
O apagado Willian deu lugar ao atacante Liedson. Logo aos 2 minutos, a Fiel
explodiu de alegria. Alex cobrou falta da esquerda e encontrou Danilo, que
livre de marcação, só teve o trabalho para tocar na saída de Rafael. Pouco
tempo depois, novamente em cobrança de falta, Alex obrigou Rafael a realizar
importante intervenção.
Com o empate em 1 a 1, o Santos necessitava somente da
vitória para seguir na competição. A equipe seguiu mantendo a maior parte de
posse de bola, mas não deu trabalho nenhum ao goleiro Cássio. Com muita segurança na defesa,
a melhor da Libertadores, o Timão segurou o empate, está agora a dois passos do
inédito título e vai aguardar o vencedor do duelo entre La U x Boca Juniors na
noite dessa quinta-feira.
Pitacos
Não foi um jogo com lances geniais. Mas não deixou de ser
emocionante. Só tivemos a certeza do primeiro finalista após o apito final de
Leandro Vuaden.
Mais uma vez a aplicação tática fez diferença ao
Corinthians. Desde os primeiros minutos, os jogadores mostraram muita raça. Só
pecaram no recuo excessivo no primeiro tempo. Isso quase teve um preço alto.
Pela primeira vez nessa Libertadores dentro do Pacaembu, a
defesa corintiana foi vazada. Mesmo assim os dois laterais (Alessandro e Fábio
Santos) e os dois zagueiros (Chicão e Leandro Castán) tiveram competência para
anular o setor ofensivo santista.
O meia corintiano Alex enfim fez uma boa partida. Errou
menos passes do que de costume, entrou mais ligado na partida e cobrou a falta
para Danilo ser o herói da noite.
Danilo é aquele atleta que não chama muito atenção do
torcedor, mas é muito importante taticamente. Nunca foge da raia. Fez mais um
gol decisivo. No São Paulo, em 2005, foi peça fundamental no título da
Libertadores. E tudo leva a crer que fará o mesmo com o Corinthians.
Fiquei decepcionado com atuação santista. Esperava mais da
equipe. Deu pouco trabalho ao goleiro Cássio. O Peixe poderia ter arriscado
mais chutes a gol.
O zagueiro Durval teve uma atuação para ser esquecida.
Bobeou várias vezes na saída de bola e deixou Danilo livre de marcação no lance
do gol.
Paulo Henrique Ganso também teve uma má jornada. Longe da
melhor física, não conseguiu conduzir o Santos a virada histórica. Tive a
impressão que jogou as duas partidas contra o Corinthians no sacrifício, após
ter sofrido uma artroscopia no joelho em menos de um mês.
Aliás Ganso precisa ser mais humilde. Após a partida o meia declarou à imprensa que apenas um time jogou no Pacaembu, o Santos. Nada disso. Embora tenha ficado menos com a bola, o Corinthians finalizou mais. Rafael trabalhou mais do que o goleiro Cássio.
Aliás Ganso precisa ser mais humilde. Após a partida o meia declarou à imprensa que apenas um time jogou no Pacaembu, o Santos. Nada disso. Embora tenha ficado menos com a bola, o Corinthians finalizou mais. Rafael trabalhou mais do que o goleiro Cássio.
Mesmo sem brilhar, Neymar foi o melhor santista em campo.
Deixou a sua marca e tentou uma reviravolta no placar, porém seus companheiros
não tiveram em noite inspirada.
Leandro Vuaden teve uma boa arbitragem. Só estranhei a
mudança de padrão. O gaúcho tem como característica deixar o jogo correr. No
entanto apitou muitas faltas no Pacaembu. Ele poderia ter expulsado o volante
santista Adriano, que agrediu um gandula na etapa final.
Provavelmente o Corinthians fará a final contra o Boca
Juniors, que na partida de ida da semifinal em La Bombonera venceu a
Universidad de Chile por 2 a 0. Os argentinos podem até perder por um gol de
diferença em Santiago para chegarem a mais uma decisão.
Vale lembrar tb da atuação do Alessandro, nos dois jogos ele foi impecável, como todo sistema defensivo.
ResponderExcluirMerecemos, mas os recalcados acham que a gente achou um gol.