Infelizmente o Brasil mais uma vez não conseguiu o tão
sonhado ouro olímpico. A equipe comandada por Mano Menezes perdeu a grande
final dos Jogos Olímpicos em Londres para o México, a nossa maior pedra no
sapato.
Alguns torcedores decepcionados com a campanha frustrante e
principalmente com o mau futebol apresentado pela seleção pedem a saída do
treinador Mano Menezes. Penso que uma mudança na comissão técnica no momento em
nada resolverá. Infelizmente nosso país além de contar com poucos grandes
jogadores, não possui técnicos de gabarito. É verdade que Mano tem mais erros do que acertos no comando, mas isso não é o suficiente para a sua saída.
Ao meu ver, os badalados Felipão e Muricy Ramalho, favoritos
dos torcedores, não estão preparados para assumir o desafio. O primeiro
recentemente levou o Palmeiras ao título da Copa do Brasil, porém seu trabalho
não encantou, principalmente entre aqueles que apreciam o futebol arte. Felipão
parou no tempo. Não é nem sombra daquele técnico competente pentacampeão
mundial por nossa seleção em 2002.
Mesmo quebrando um longo jejum sem títulos
importantes, o aproveitamento do treinador pelo Palmeiras não é nada bom,
principalmente em torneios por pontos corridos.
Muricy Ramalho também é um técnico vencedor, porém não passa
por bom momento. Seu estilo não “casa” com a filosofia brasileira de futebol
ofensivo. Hoje sua equipe, o Santos, se destaca mais por jogadas manjadas de
bola parada do que por um estilo de improviso.
O corintiano Tite é o melhor técnico brasileiro na
atualidade. Seu trabalho a frente do Corinthians é ótimo. Em quase dois anos no
Parque São Jorge conduziu o Timão ao pentacampeonato brasileiro em 2011 e a
inédita Copa Libertadores de 2012. O gaúcho é trabalhador e exige o máximo de
seus atletas, porém assim como os outros mencionados não tem um estilo adequado
à função de treinador da seleção brasileira. Raramente você verá uma equipe
dirigida por Tite praticar um futebol vistoso.
Com a estagnação de nossos técnicos, defendo a contratação
de um estrangeiro, caso Mano Menezes não continuar seu projeto visando a Copa
do Mundo de 2014. Pep Guardiola, que dirigiu o Barcelona até a temporada
passada, é o meu favorito. O espanhol tem como filosofia aquilo que desejamos
de volta à nossa seleção, ou seja um futebol criativo e com muito toque de bola.
Precisamos ter humildade e reconhecer que não somos mais os
melhores do mundo. Como disse o colega Benjamin Back, essa soberba já vem nos
atrapalhando há um bom tempo mais precisamente desde a Copa do Mundo de 2006,
quando fomos eliminados pela França nas quartas de final.
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