quarta-feira, 23 de maio de 2012

Com muita raça e uma dose de sorte, Corinthians chega à semifinal da Libertadores

Corinthians e Vasco fizeram na noite dessa quarta-feira no Pacaembu (com quase 36 mil pagantes) um jogaço condizente com suas tradições. No final, o Corinthians se saiu melhor com uma vitória por 1 a 0 e a classificação para a semifinal da Copa Libertadores. O volante Paulinho, de cabeça, balançou as redes aos 43 minutos do segundo tempo para delírio da Fiel.


O Corinthians não foi bem tecnicamente. A equipe abusou dos erros de passe e mostrou um certo nervosismo na hora de chegar a meta adversária. No entanto, os jogadores mostraram uma raça absurda e não desistiram do gol da vitória em nenhum momento.


O primeiro tempo teve poucas chances de gol. O Vasco só chegava perto do gol de Cássio em cobranças de falta de Juninho Pernambucano. O Corinthians tinha sérias dificuldades na criação de jogadas. Rômulo, Nilton e até Juninho Pernambucano não deram espaços para os meio campistas corintianos. Como consequência da forte marcação, Paulinho, Alex e Danilo participaram pouco da etapa inicial. Mesmo assim, o Timão criou a melhor chance. Danilo cruzou para Paulinho, de cabeça, obrigar Fernando Prass a fazer boa defesa.

O Corinthians voltou do intervalo mais aceso e aproveitou-se do cansaço dos jogadores vascaínos para atacar com mais frequência. No entanto abusava da jogada aérea, na maioria das vezes ganha pelos altos defensores vascaínos (Renato Silva e Rodolfo). O Gigante da Colina teve a grande chance do jogo para liquidar a fatura aos 18 minutos. O meia Diego Souza aproveitou saída errada de Alessandro, carregou a bola até a entrada da área, e livre de marcação chutou para defesa sensacional de Cássio. Os vascaínos não se conformaram com a chance perdida. Um gol naquele momento obrigaria o Corinthians a marcar duas vezes para não amargar mais uma eliminação na competição. No minuto seguinte, Nilton subiu mais que os defensores corintianos e cabeceou no travessão. Mais uma chance desperdiçada pelos cariocas, que tomaram um duro castigo nos minutos finais, quando Paulinho, de cabeça, estufou as redes de Prass. Minutos antes, Emerson Sheik carimbara a trave de Prass.

Com a vitória, o Corinthians encerrou um tabu de 12 anos sem chegar à uma semifinal de Libertadores. O adversário da próxima fase sairá na noite dessa quinta-feira. Santos, Universidad de Chile ou Libertad podem estar no caminho do Timão. Se o Santos conseguir vencer o Vélez Sarsfield por 2 gols de diferença na Vila Belmiro, pegará o rival. Se isso não acontecer, a equipe corintiana aguarda o vencedor de La U e Libertad.

Pitacos

Mais uma vez a defesa foi o grande destaque do Timão. Pela quinta vez não foi vazada dentro de casa na atual edição da Libertadores. Leandro Castán está jogando demais. Ganhou a maioria das divididas com adversários e transbordou raça dentro de campo. Seu companheiro Chicão dispensa comentários. Com muita seriedade, não teve vergonha em dar bicão para a frente.

Já o lateral Alessandro quase pôs tudo a perder. Perdeu uma bola, que originou uma contra-ataque do Vasco. Por sua sorte, Cássio fez grande defesa em chute de Diego Souza. O veterano levou um baile de Thiago Feltri no primeiro tempo.

O cão de guarda Ralf se recuperou de um primeiro tempo confuso e foi muito importante na etapa final principalmente anulando o meia Juninho Pernambucano.

Mais uma vez, o ataque corintiano deixou a desejar. Emerson Sheik e Jorge Henrique não foram bem e não disputaram os 90 minutos. Falta aquele camisa 9, que por enquanto está sendo o volante Paulinho, artilheiro da equipe na Libertadores ao lado de Danilo.

Mesmo sendo inferior ao rival, o Vasco merece os parabéns. Jogou de igual para igual com o Corinthians e até merecia melhor sorte. A defesa , mesmo sem o craque Dedé mostrou segurança nos dois jogos. No entanto Rodolfo e Renato Silva só ficaram olhando Paulinho marcar o gol da vitória nos minutos finais. Uma desatenção que custou a eliminação.

O Corinthians está com a famosa sorte de campeão. Acho que o clube enfim quebrará o jejum na competição sulamericana.

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