O Corinthians não foi bem tecnicamente. A equipe abusou dos
erros de passe e mostrou um certo nervosismo na hora de chegar a meta adversária. No
entanto, os jogadores mostraram uma raça absurda e não desistiram do gol da
vitória em nenhum momento.
O primeiro tempo teve poucas chances de gol. O Vasco só
chegava perto do gol de Cássio em cobranças de falta de Juninho Pernambucano. O
Corinthians tinha sérias dificuldades na criação de jogadas. Rômulo, Nilton e
até Juninho Pernambucano não deram espaços para os meio campistas corintianos.
Como consequência da forte marcação, Paulinho, Alex e Danilo participaram pouco
da etapa inicial. Mesmo assim, o Timão criou a melhor chance. Danilo cruzou
para Paulinho, de cabeça, obrigar Fernando Prass a fazer boa defesa.
O Corinthians voltou do intervalo mais aceso e aproveitou-se
do cansaço dos jogadores vascaínos para atacar com mais frequência. No entanto
abusava da jogada aérea, na maioria das vezes ganha pelos altos defensores
vascaínos (Renato Silva e Rodolfo). O Gigante da Colina teve a grande chance do
jogo para liquidar a fatura aos 18 minutos. O meia Diego Souza aproveitou saída
errada de Alessandro, carregou a bola até a entrada da área, e livre de
marcação chutou para defesa sensacional de Cássio. Os vascaínos não se
conformaram com a chance perdida. Um gol naquele momento obrigaria o
Corinthians a marcar duas vezes para não amargar mais uma eliminação na competição.
No minuto seguinte, Nilton subiu mais que os defensores corintianos e cabeceou
no travessão. Mais uma chance desperdiçada pelos cariocas, que tomaram um duro castigo
nos minutos finais, quando Paulinho, de cabeça, estufou as redes de Prass. Minutos antes, Emerson Sheik carimbara a trave de Prass.
Com a vitória, o Corinthians encerrou um tabu de 12 anos sem
chegar à uma semifinal de Libertadores. O adversário da próxima fase sairá na
noite dessa quinta-feira. Santos, Universidad de Chile ou Libertad podem estar
no caminho do Timão. Se o Santos conseguir vencer o Vélez Sarsfield por 2 gols
de diferença na Vila Belmiro, pegará o rival. Se isso não acontecer, a equipe
corintiana aguarda o vencedor de La U e Libertad.
Pitacos
Mais uma vez a defesa foi o grande destaque do Timão. Pela
quinta vez não foi vazada dentro de casa na atual edição da Libertadores.
Leandro Castán está jogando demais. Ganhou a maioria das divididas com
adversários e transbordou raça dentro de campo. Seu companheiro Chicão dispensa
comentários. Com muita seriedade, não teve vergonha em dar bicão para a frente.
Já o lateral Alessandro quase pôs tudo a perder. Perdeu uma
bola, que originou uma contra-ataque do Vasco. Por sua sorte, Cássio fez grande
defesa em chute de Diego Souza. O veterano levou um baile de Thiago Feltri no
primeiro tempo.
O cão de guarda Ralf se recuperou de um primeiro tempo
confuso e foi muito importante na etapa final principalmente anulando o meia
Juninho Pernambucano.
Mais uma vez, o ataque corintiano deixou a desejar. Emerson
Sheik e Jorge Henrique não foram bem e não disputaram os 90 minutos. Falta
aquele camisa 9, que por enquanto está sendo o volante Paulinho, artilheiro da
equipe na Libertadores ao lado de Danilo.
Mesmo sendo inferior ao rival, o Vasco merece os parabéns.
Jogou de igual para igual com o Corinthians e até merecia melhor sorte. A
defesa , mesmo sem o craque Dedé mostrou segurança nos dois jogos. No entanto
Rodolfo e Renato Silva só ficaram olhando Paulinho marcar o gol da vitória nos
minutos finais. Uma desatenção que custou a eliminação.
O Corinthians está com a famosa sorte de campeão. Acho que o
clube enfim quebrará o jejum na competição sulamericana.
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