quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fim das gozações: Corinthians, campeão da Copa Libertadores


4 de julho de 2012. Jamais os corintianos esquecerão essa data. Um dos dias mais gloriosos da história centenária do Corinthians. A equipe conseguiu o tão sonhado inédito título da Copa Libertadores, de maneira épica. Na final superou o papa títulos Boca Juniors por 2 a 0 no Pacaembu e terminou o torneio sulamericano de forma invicta. Nem o corintiano mais otimista sonhava com essa façanha antes do início da Libertadores.



A conquista sepulta de vez o bullying contra os corintianos. Até ontem, os rivais tiravam o sarro pelo fato de o Timão sempre ter como objetivo essa conquista e até então nunca ter erguido o caneco. A equipe penou bastante. Nas nove participações anteriores, o melhor resultado obtido ocorreu em 2000 (semifinal – derrota para o rival Palmeiras). O sofrimento valeu a pena. O Corinthians superou os traumas da competição e deu a volta por cima em grande estilo.

Nunca antes na história, o Corinthians esteve tão preparado para soltar o grito de campeão. Não era uma equipe com brilhos individuais, porém muito unida e comprometida. Jogadores transbordaram em raça. Deixaram milhares de gotas de suor nos gramados. O técnico Tite tem grande parcela pelo sucesso. Levou jogadores comuns a se tornarem ídolos do Timão.

Penso que o título começou a ser desenhado na partida de volta das quartas de final. O Corinthians empatava sem gols com o Vasco no Pacaembu. O vascaíno Diego Souza, livre de marcação, chutou fraco para defesa do gigante Cássio. Um gol carioca ali aos 27 minutos do segundo tempo, obrigaria o Timão a marcar dois para evitar a eliminação. Nos minutos finais, o volante Paulinho, de cabeça, fez o gol da classificação. Naquele dia, a sorte começou a ficar ao lado do Timão.

Na semifinal, pedreira pela frente: O Santos, até então a sensação do futebol sulamericano. Muitos esperavam que o futebol arte dos Meninos da Vila superaria o futebol-força corintiano. Na Vila Belmiro, o Timão obteve excelente resultado: vitória por 1 a 0, gol de Emerson Sheik. O gigante Cássio novamente deu as suas caras ao praticar três defesas sensacionais na etapa final, evitando a reação santista.

Na volta no Pacaembu, mais tensão. O Santos foi para o intervalo vencendo por 1 a 0, no Pacaembu, resultado que levaria a decisão aos pênaltis. No início do segundo tempo, Danilo, com muita categoria, arrancou o empate da classificação à inédita final.

Na decisão, nada menos do que o Boca Juniors, hexacampeão da Libertadores e com histórico de vitórias sobre os brasileiros tanto na temida La Bombonera quanto longe dos seus domínios.

No primeiro embate em La Bombonera, tudo levava a crer que o alvinegro paulista sofreria o seu primeiro revés no torneio sulamericano. O placar apontava 1 a 0 para o Boca até os 40 minutos do segundo tempo. No entanto um jovem de 21 anos deixou o banco de reservas para deixar o seu nome na história. 


Romarinho substituiu Danilo e logo em seu primeiro toque de bola na Libertadores, marcou um golaço, decretando o empate em Buenos Aires. No último minuto Viatri cabeceou na trave e no rebote Cvitanich, livre de marcação, isolou a bola, perdendo a chance de colocar o Boca novamente em vantagem. Ali tive a certeza que o Corinthians não perderia mais o título. 

Na volta no Pacaembu, o Corinthians não precisou de tanta sorte para sacramentar o título. A taça veio em noite inspirada de Emerson Sheik, autor de dois gols!

A América foi pintada de preto e branco ! Parabéns Corinthians!

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