O futebol ofensivo está no DNA do centenário Santos Futebol
Clube. De janeiro de 2010 até maio de 2012, o clube sob o a nova geração dos
Meninos da Vila (Ganso, Neymar e cia) só confirmou a filosofia. No entanto
desde a eliminação na semifinal da Copa Libertadores para o arquirrival
Corinthians, o time perdeu o encanto ofensivo.
Para se ter uma ideia, o Peixe possui um dos piores ataques
do Campeonato Brasileiro (7 gols), estando apenas a frente de Portuguesa (6) e
Atlético-GO (4). Em seis das nove rodadas disputadas, a equipe não foi às redes
adversárias, um desempenho preocupante que reflete na tabela de classificação.
Hoje, o Santos ocupa a modesta 13ª colocação com apenas 9 pontos ganhos. O
líder Atlético-MG possui 22 pontos.
Desde a rodada inaugural do Campeonato, o técnico Muricy
Ramalho usou oito atacantes diferentes: Neymar, Borges, Alan Kardec, Rentería,
Geuvânio, Victor Andrade, Dimba e Miralles. Desses apenas Neymar, Geuvânio,
Victor Andrade, Dimba e Miralles permanecem na Vila Belmiro. O primeiro
desfalcará a equipe por várias rodadas devido a participação nos Jogos
Olímpicos de Londres. Mesmo tendo disputado poucas partidas, Neymar é o
artilheiro do Peixe no torneio ao lado do zagueiro Edu Dracena e do meia Felipe
Anderson, cada um com dois gols marcados.
Muricy Ramalho carece de um goleador. Artilheiro do
Brasileirão no ano passado, o atacante Borges não repetiu o bom rendimento
nessa temporada e foi negociado com o Cruzeiro. Com exceção ao ausente Neymar,
nenhum atacante do elenco tem faro de artilheiro. Devido a isso, a diretoria trabalha
na contratação de um centroavante, que pode ser Rafael Moura, do Fluminense.
Creio que os atacantes não são os maiores responsáveis pela
falta de gols. A responsabilidade tem que ser dividida com o setor de criação.
O meia Paulo Henrique Ganso atuava mal antes de se juntar a seleção brasileira
olímpica. Seu substituto, o jovem Felipe Anderson dá sinais de que pode ser o
diferencial para criação de jogadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário